(2018
– Nacional)
Heavy
Metal Rock
Parece que foi ontem o
lançamento do debut “Bellicus Profanus” (1999) e lá se vão quase vinte anos.
Agora, os paulistanos do Ocultan, antes como uma promessa do Black Metal
nacional, chegam ao seu décimo disco de estúdio e 16 trabalhos no total, sendo
uma das principais manifestações do estilo na América Latina.
O novo disco mantém a
proposta da banda trazendo evoluções naturais, soando bem espontâneo. O Black
Metal ríspido e cru da banda se faz presente com toda rusticidade que sempre
lhe foi peculiar, mas desta vez trazendo alguns elementos a mais, o que não
influencia negativamente em praticamente nada.
Fato é que o Ocultan
mostra uma maturidade e conhecimento de causa absurdos em “Quintessence”, trazendo
uma maior variação rítmica e até quebradas, muito bem executadas pela forte
cozinha. Uma boa dose de melodia enriquece ainda mais os arranjos, mostrando
que a banda não se prende apenas a extremismos.
A naturalidade da
produção é algo que falta e muito no Black Metal atual e o Ocultan consegue
atingir esse objetivo, trazendo algo bem orgânico com uma excelência nos
timbres, tanto das guitarras – que trazem riffs bem elaborados, além de solos
propícios – passando pela bateria e o baixo consistente.
O clima diabólico e ao
mesmo tempo um tanto quanto agonizante permeia o tracklist, que tem como
destaque faixas como Kalima, Dragão
Negro, Queen of Shadows, Apophis e Father
of The True Light. A bela arte do trabalho a cargo de Count Imperium e a
rica embalagem digipak são a cereja do bolo.
8,5
Vitor
Franceschini
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