(2018
– Nacional)
Cemitério
Records / Rapture Records
E a máquina de colher
Grindcore está de volta, chegando a impressionante marca de quatro álbuns
completos em quatro anos./// São mais de cem composições dedicadas ao estilo
mais inescrupuloso da música pesada, trazendo em suas temáticas a vida do
trabalhador do campo e tudo o que o envolve.
Com isso, Os Capial se
tornaram praticamente uma instituição do Grindcore nacional, talvez um dos
grupos mais ‘pop’ do estilo e que, inclusive, superou muitos obstáculos, além
de resistências. Mas, não é só de Grindcore que a dupla Dito (vocal/guitarra) e
Bento (bateria) vivem.
Isso fica ainda mais
evidente neste novo trabalho, afinal temos muitas referências de Death Metal, o
que não é novidade na música da banda, mas que chega aqui em algumas levadas,
riffs e até mesmo estrutura das músicas. Sendo direto, ouça Copada e Coxo e tire suas próprias conclusões. A banda também volta com uma
pegada mais simples.
Mas vamos aos
diferenciais de “Chichá - Sterculea Foetida”, porque na essência ele mantém a
sonoridade tradicional d’Os Capial. No novo disco se percebe uma nitidez maior
das composições, o que não pode ser considerado ‘límpido’, pois há sujeira, mas
soa um pouco mais bem lapidado.
O trabalho mostra uma
leve tirada de pé, que não influencia em nada a qualidade das composições, pois
ganhou em peso e brutalidade. Dito parece estar cantando de forma mais gutural
e menos variada. São vinte novas composições onde os destaques ficam por conta
de Antiserra (talvez outro hit), Boia Fria (que conta com participação de
Artur Rinaldi da The Assault e Fernando Moura da Toxic Death, e mais um hit) e Mulher Rural, um Goregrind/Noise com
participação de Mars Martins (On Crash).
O disco ainda conta com
participação de Miguel Arruda (Blixten), João Leopoldo (Toxic Death), Jorge
Moura e traz uma produção estranha inicialmente pelo seu timbre estridente, mas
que a cada audição vai se tornando mais legal e compreensível. Ouça ainda Capial Fest, Chichá, Estiva e Troncho. Mas vamos mandar uma menção
honrosa para essa capa maravilhosa, a cargo de Eder do Santos, que traz nos
traços e cores, a melhor da banda até então.
8,0
Vitor
Franceschini
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