Por Vitor Franceschini
A intolerância contra o
cristianismo dentro do Heavy Metal é uma praxe e tem lá suas motivações que
esbarram em contradições que a opinião de grande parte dos ‘headbangers’ se
tornou hoje. Isto é, conservadores. Mas isso é outra história e viemos aqui
falar sobre a hipocrisia que é essa caça às bruxas (o jogo virou, hein cristãos?
– risos) dentro do cenário metálico mundial, portanto, nacional.
Com as redes sociais
qualquer tipo de intolerância e/ou imposição de regras se tornaram comuns em tudo
quanto é assunto e no Metal não é diferente. Uma delas é essa perseguição
incessante ao tal subestilo conhecido como White Metal, que leva tal
denominação por se opor ao subestilo mais ‘satanizado’ do gênero, o Black
Metal, e claro, por exaltar temas relacionados ao cristianismo, alguns de forma
inteligente e outras nem tanto, com direito a louvores e pregações em suas
letras (no Black não é diferente, só muda o ‘ser’ cultuado – risos).
Pois bem, notou que já no
texto há algo confuso, não é? Primeiro falamos da intolerância contra os
cristãos e depois contra o White Metal. Mas é isso mesmo que você está lendo.
Não há tanta intolerância assim contra o cristianismo dentro do Heavy Metal,
não perto do que há contra o White Metal. É aí que nos esbarramos na hipocrisia
da coisa toda e sabe por quê?
Porque (nem vou me usar
de dados) é sabido que em ao menos 95% das bandas de Metal de todo mundo há no
mínimo um integrante cristão ou religioso (de qualquer religião que seja).
Chutei alto, mas garanto que mais de 90% é certo! E ninguém se preocupa em
montar marcha e perseguir músicos como Dave Mustaine, Dan Spitz (ex-Anthrax),
Nick McBrain, Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Tom Araya, entre muitos outros, que
são declaradamente cristãos.
Fato é que sempre tem que
haver um bode expiatório para que os oprimidos se tornem opressores e persigam
algo, e nada melhor que banda cristã que faz Heavy Metal para isso. Afinal, o
papai e a mamãe que obrigava os garotos do ‘mal’ irem as missas todo o domingo,
ou a tia que benzia a caxumba com direito a terço e novena, não podemos
criticar.
No entanto, a perseguição
ao Metal cristão (odeio o termo White Metal) é só mais um motivo de
intolerância para massagear certas frustrações, porque é específico e não
afronta a religião coisa nenhuma! No mais, quem não houve por causa da temática
(eu agnóstico, por exemplo, não tenho paciência com muita pregação e desisto
mesmo a música sendo boa) justifica mais do que quem persegue e faz o certo:
não gosta, não ouça e nem dê Ibope.
OBS.: NÃO SERÃO PUBLICADOS COMENTÁRIOS ANÔNIMOS
OBS.: NÃO SERÃO PUBLICADOS COMENTÁRIOS ANÔNIMOS
*Vitor
Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e
headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. Nunca foi crismado.
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