(2017
– Nacional)
Hellion
Records
“Psychosis” é o quarto
disco do Cavalera Conspiracy e nos traz muitas coisas. Todo mundo sabe que a
dupla Max e Iggor Cavalera possuem uma química incomum desde os tempos de
Sepultura, e pelo menos quando querem, o negócio não falha. Este novo álbum
está aqui pra confirmar isso.
Mantendo as
características que o Cavalera Conspiracy tratou de criar desde o debut “Inflikted”
(2008) – que consiste numa mescla de Death, Thrash Metal e Industrial – este trabalho
nos remete ao Sepultura, porém nada do auge da banda e sim do início de
carreira.
Muitos acharão exagero,
mas o mais atencioso, irá notar que a veia e gana da banda em muitas das
composições de “Psychosis” nos remetem a “Morbid Visions” (1986) e “Schizophrenia”
(1987). É claro que não podemos comparar com a produção de hoje, afinal, lá se
vão 32 anos. Porém, é exatamente isso quem vem à tona, imaginarmos o quão ainda
mais grandiosos seriam os álbuns citados... Se bem que tudo tem seu tempo.
Falando de “Psychosis”, o
trabalho soa estranho de início, apesar de ser um disco direto em sua primeira
metade. Composições poderosas, que ficam entra o Thrash e o Death Metal, com
riffs soberbos de Marc Rizzo e Max, além de solos proporcionais de ótimo gosto,
dão à tônica. Iggor mostra sua melhor performance na banda até então, porém
ainda soando simples, mas com uma pegada que há tempos não se via.
A agressividade nos
vocais de Max também agradam e muito, e ele continua inspirado nos temas de
caos social. Faixas como Insane, Terror
Tatics e Crom animam pela energia
e agressividade que emanam, sendo que o disco cai no Industrial, mas mantem a
qualidade em composições como a brutal Judas
Pariah, uma das melhores da banda até então.
A produção de Arthur Rizk,
que toca baixo e teclado no disco, é muito concisa e agrega demais ao trabalho
em geral. “Psychosis” traz muitas participações sendo as principais de Jason
Tarpey (Eternal Champion, Iron Age) e Justin Broadrick (Godflesh). Menção mais
que oportuna para a lindíssima arte da capa, a cargo de Péter Sallai.
8,5
Vitor
Franceschini
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