terça-feira, 28 de agosto de 2018

Morbid Angel – “Kingdoms Disdained”


(2018 – Nacional)

Hellion Records

Depois de andar por caminhos duvidosos no polêmico “Illud Divinum Insanus” (2011), o Morbid Angel volta ao seu tradicional Death Metal e alivia um pouco os exigentes seguidores. Mudando de time novamente, sai David Vincent e para o posto de baixista e vocalista retorna Steve Tucker, além de incluir o novo baterista Scotty Fuller.

Adaptado aos tempos atuais, em termos de renovação e criatividade, o guitarrista Trey Azagthoth mantém suas características e continua sendo a assinatura principal da banda. Seus riffs tradicionais ganham uma roupagem mais tradicional, soam variados e permitem a inclusão de bons e equilibrados solos.

Fuller nunca será um Pete Sandoval, o que não o impede de ser um exímio baterista. Isto é, o jovem baterista se encaixa na proposta da banda, é versátil e sabe como incluir suas viradas e agressividade à sonoridade da banda, tendo o baixo como um intenso aliado na cozinha da banda.

É indispensável dizer que Tucker é um ótimo vocalista de Death Metal com seus urros cheio de gana e raivosos, o que se repete em “Kingdoms Disdained” e de forma mais do que satisfatória. Tudo isso com uma produção de qualidade inquestionável, sem modernices exacerbadas, a cargo da banda e de Erik Rutan (Hate Eternal).

Um autêntico disco de Death Metal, o novo álbum só não é um clássico do estilo, pois lhe falta algo difícil de explicar. Parece que foi feito na medida pra agradar, mas não pra empolgar, porém isso fica a critério de cada um. Faixa extraordinária mesmo, só For No Master, com sua veia total focada na característica da banda e um refrão que pega de primeira.


8,0

Vitor Franceschini

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