(2018
– Nacional)
Nyarlathotep
Records
A Prey of Chaos, banda do
interior paulista, ficou praticamente três anos inativa, sem gravar nada
praticamente por cinco. O tempo nem é tão grande assim, mas parece uma
eternidade para uma banda com tanta qualidade e, principalmente para quem
aprecia sua música visceral e de protesto.
Eis que retornam com um
novo trabalho, na verdade o primeiro full, trazendo sua formação clássica
(Fabio Ramos na guitarra e vocal, Chis Koda na bateria e Danilo Jarrão na
bateria), além de suas características tanto musicais, quanto estéticas (capa
do disco, produção sonora e letra).
Surpreendemente coesa, a
POC (como é carinhosamente conhecida) destila seu Grindcore de sempre, com
aquelas pitadas Crust e uma dose homeopática de Hardcore. Provando que é uma
banda que já tem uma assinatura, no mínimo suas digitais impressas no estilo, o
trio não decepciona.
Com guitarras gordas
destilando bases agressivas, a banda traz músicas ainda mais objetivas, e leves
mudanças de ritmos e quebradas, mantendo em sua cozinha aquele ‘groove’ que nem
os caras sabem da onde vem. O som é denso, agressivo e ainda traz Fabio
cantando mais cavernoso, porém mais ‘inteligível’. Nas letras em português, o
nosso cotidiano e sua forma doentia de se proceder.
A produção do baixista
Jarrão atingiu um nível interessante que casa perfeitamente com o som da banda
com um grave condizente. Não é ficar no muro, mas as composições praticamente
se completam, e ainda tem um cover para Worms,
da clássica e cult banda Rotting Flesh. Participações de Alcir Figueira e Luiz
Martinho da banda Nunca, enriquecem o disco. Tudo embaladinho numa bela
digipack. É, a Prey está de volta!
8,5
Vitor
Franceschini
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