(2018
– Nacional)
Heavy
Metal Rock / Misanthropic Records
O ex-Desdominus Douglas
Martins divulgou por três meses o excelente EP “In Too Deep...”, lançado em
julho último, e já pôde mostrar o que viria pela frente neste debut. Ao menos
deixou as almas mais sombrias sedentas, pois o trabalho chamou atenção pela sua
qualidade tanto musical quanto lírica.
Expectativa atendida,
temos em mãos um dos melhores trabalhos de Doom/Death Metal da história do
Metal nacional. Pode parecer exagero, mas só ouvindo pra confirmar tal façanha
do multi-instrumentista e também é bom ressaltar que a união dos dois estilos
mencionados limita o som da banda, que é mais abrangente.
Entre o mundo do Doom
Metal e do Death Metal, Martins mostra influências do Black Metal, passando por
momentos mais Dark e com muita ambientação focada no Atmospheric, gerando uma
música que nos leva a sentimentos distintos como euforia, melancolia e
obscuridade.
Com lindas melodias que
se dissolvem em guitarras com bases agressivas, o ritmo cadenciado (não arrastado)
carrega peso e camas de teclados que nos entregam a viagens depressivas e
reflexivas, ora belas, ora mais perturbadoras. Enfim, desperta uma gama de
emoções, que somente as almas mais fortes podem suportar.
O músico também trabalhou
bem as linhas vocais, dando prioridade ao rasgado, com passagens limpas e
sussurros em outros momentos, mostrando que “Rebuilding The Future” também é um
disco versátil. When the Time for My Last Breath Comes, Suffocating Grayish Darkness
e Looking at the Black Mirror são os
destaques, mas recomenda-se uma audição completa, para que a viagem chegue até
o fim (ou não).
9,0
Vitor
Franceschini
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