(2018
– Nacional)
Shinigami
Records
Este é o terceiro disco
do Mayan, banda holandesa com quase uma dezena de músicos, uma verdadeira
seleção liderada por Mark Jansen (guitarrista do Epica, ex-After Forever, etc),
aqui responsável pelos vocais principais e as orquestrações, além dos arranjos.
São nove músicos na
banda, mas a parte instrumental conta com o básico. Isto é guitarra, baixo,
bateria e teclado. O contingente é grande porque o Mayan é uma banda que
trabalha muito o aspecto vocal e nisso utiliza metade de seus integrantes. O
resultado é sensacional.
Apostando no que nos
acostumamos chamar de Death Metal sinfônico, o leitor não pode deixar se
enganar achando que se trata de algo na linha Van Canto. Longe disso. O que
temos é uma mescla de peso, brutalidade mesmo e momentos eruditos, muito
versáteis e com variação rítmica intensa.
Com um ar moderno, o
trabalho de guitarras destila riffs que poderiam soar ao menos um pouco mais
agressivos. Porém, a cozinha não decepciona, com pegada intensa e forte,
adicionando até ‘blast beats’ em algumas passagens. Os arranjos sinfônicos são
mais intensificados nas melodias, do que nas camas de sintetizadores, o que é
muito bem vindo e soa equilibrado.
Agora, o principal, as
linhas vocais, são a cereja do bolo. Vocais rasgados, guturais e limpos
masculinos se alternam com as belas vozes de Laura Macrì e Marcela Bovio, duas
sopranos que engrandecem o disco e conseguem contrastar no trabalho sem soar
exageradas.
O único porém de “Dhyana”
é a veia um tanto quanto moderna de sua produção, que o faz soar um pouco artificial.
No mais, é só conferir faixas como The
Rhythm of Freedom, Rebirth from Despair, The Illusory Self e Set Me Free, chutar pro gol e sair pro
abraço.
8,5
Vitor
Franceschini
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