(2018
– Nacional)
Hellion
Records
Quando Nick Holmes
(Paradise Lost) entrou na banda sueca Bloodbath, muitos ficaram eufóricos.
Afinal, se tratava de um retorno do músico ao extremismo do Death Metal. E a
estreia de ‘Old Nick’ (como ele é creditado na banda) em “Grand Morbid Funeral”
(2014) provou que se trata de um dos melhores vocais do estilo.
Em “The Arrow of Satan Is
Drawn” não é diferente e a banda segue com seu Death Metal diferenciado,
obscuro e com uma leve pegada Death ‘n’ Roll. Peso na medida certa, andamentos
não tão velozes e uma leve dose de melodia dão as caras em músicas que carregam
o nível da maldade lá em cima.
Blakkheim e Joakim
destilam riffs intensos, com a distorção no talo e afinação baixa das guitarras
suecas, enquanto as linhas de baixo de Lord Seth dão um auxílio no peso com
linhas simples e Axe esmurra sua bateria com viradas diretas, alternando os
ritmos entre semi cadenciados e mais dinâmicos.
Old Nick tem um gutural
portentoso e diferente. Inteligível, suas linhas nos remetem a algo mais ‘old
school’, como se um velhote resolvesse urrar em nossos ouvidos (sem ser
pejorativo), impondo respeito às composições. Tudo com arranjos ricos, solos de
guitarra esporádicos e uma veia mais direta.
O problema de “The Arrow
of Satan Is Drawn” é que ele passa a impressão de as composições terem sido
feitas nas coxas. Não, não é ruim, mas passa aquela impressão de bom e nada
mais. Pelo nome Bloodbath e o time que o compõe, é natural que a exigência seja
maior. Porém, o disco pode ser ouvido pelos fãs do estilo tranquilamente.
8,0
Vitor
Franceschini
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