(2018
– Nacional)
Shinigami
Records
A maior banda de Death
Metal do mundo e a maior banda brasileira de Metal na atualidade. Não há o que
discutir quando esse assunto vem à tona. O Krisiun é realmente tudo isso e “Scourge
of the Enthroned”, seu 11º álbum de estúdio, prova isso.
Os três irmãos gaúchos
radicados em São Paulo conseguem se superar em cada lançamento, mas não no
quesito de qualidade de sua música, pois isso se mantém por toda a sua
discografia. Mas sim no sentido de se reinventar, se recriar e mantendo a mesma
proposta.
Parece algo impossível,
mas o Krisiun faz o que Ramones, AC/DC e Motörhead fizeram durante toda sua
carreira, só que dentro do Death Metal. “Scourge of the Enthroned” é um disco
que talvez atinja o maior equilíbrio em todos os aspectos na discografia da
banda.
Musicalidade mesclando a
técnica sempre presente no som da banda com ‘feeling’ e pegada intensa, timbres
dos instrumentos atingindo um nível quase que perfeito e produção (a cardo de
Andy Classen) no mesmo nível, transcendendo o álbum para um patamar que pode
ser inatingível futuramente (se bem que estamos falando de Krisiun, né?).
Moyses Kolesne mostra uma
variação de riffs impressionante, fazendo seu melhor trabalho até então neste
quesito, além de encaixar solos propícios e soar mais enraizado em todos os
aspectos. Max Kolesne continua voando, mas mostra aqui uma maior variação e sua
capacidade de ser um baterista mais versátil, porém mantendo sua pegada
magistral de sempre e precisão impressionante.
Alex Camargo, a voz do
Krisiun, além de segurar as pontas com suas linhas de baixo, traz vocalizações
que nos remete ao início da banda, onde investia em linhas guturais mais
rasgadas e vem soando mais inteligível. Um trabalho coletivo impressionante,
que remete a um dos melhores discos da carreira da banda, em uma discografia
onde é difícil destacar algo ruim. Não há o que contestar.
9,0
Vitor
Franceschini
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