(2017
– Nacional)
Hellion
Records
Tom Morello (guitarra), Tim
Commerford (baixo) e Brad Wilk (bateria), todos ex-Rage Against The Machine e
Audioslave, se juntam ao DJ Lord e ao rapper Chuck D (ambos Public Enemy), além
de B-Real, cantor do Cypress Hill. Dá pra imaginar o que pode sair daí.
Sim, Rock e Hip Hop se
misturam de uma forma bem equilibrada. Mas, aqui fica a prova de que quando
talentos sem unem com as mesmas ideias e ideais, a coisa funciona. E como! Temos
em mãos um clássico da música contemporânea, que foi lançado em 2017 e chegou
aqui ano passado através da Hellion Records.
Talvez seja desnecessário
explicar a parafernália instrumental do trio Tom, Tim e Brad, que tem as
maluquices do primeiro na guitarra, com seu estilo único e criativo, sendo que
o baixo de Tim ganha espaço aqui pela sonoridade imposta e Brad Wilk destila
seu ritmo na bateria, com auxílio dos ‘beats’ de DJ Lord.
A música transita pelo
Rock, passando pelo Rap norte-americano, ganhando conotações do Hardcore
nova-iorquino, mas não para por aí. Há muitos elementos do Funk original, que
ganha e impõe um ‘groove’ intenso, dando ênfase a uma cozinha poderosa no
disco. Tudo com vocais rappeados (não poderia ser diferente) que primam pela
dinâmica e agressividade, saindo um pouco do comum do estilo Hip Hop.
Letras politizadas que
dão um soco na cara dos bons costumes e da família tradicional apimentam o
negócio (com certeza os ‘conservadores’ já torceram o nariz, azar), sendo que
faixas como Radical Eyes, Unfuck The
World e Legalize Me – a trinca
inicial – põe logo tudo abaixo! Mas ainda ouça Living On The 110, Hail To The Chief, Straight In Numbers e Fired A Shot. Uma obra prima com
produção de Brendan O’Brien (Stone Temple Pilots, Pearl Jam, The Offspring,
etc).
9,5
Vitor
Franceschini
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