(2019
– Nacional)
Extreme
Sounds Records / Electric Funeral Records / Cangaço Rock Comunicações / Native
Blood Produções
Dificilmente uma banda
consegue manter uma regularidade quando se trata de algo bem acima da média. Os
cariocas da Dark Tower conseguem isso com seu Black Metal aberto a outras
influências desde o lançamento do single “Retaliation” (2011). Antes, lançaram trabalhos
bons também, mas a época, faltando uma melhor lapidação. No caso foram um
single e dois EP’s entre 2008 e 2009.
“Obendientia” fecha uma
trilogia musical deixando a banda em alta, mostrando uma evolução natural e
mantendo o nome do grupo como um dos principais do estilo no país. Tudo
mantendo sua identidade, com características próprias e, claro, elementos que
são fundamentais ao Black Metal.
Porém, como observado no
primeiro parágrafo, o grupo continua a utilizar elementos do Death Metal e
incorpora riffs e melodias do Heavy Metal tradicional, o que não faz de seu som
algo único. O diferencial está em como a Dark Tower destila tais elementos,
mostrando boa estrutura e conhecimento de causa.
É impossível não se
atentar nas variações rítmicas, o dinamismo das composições, que soa caóticas e
ao mesmo tempo cativantes, servindo de trilha sonora para temáticas que abordam
a hipocrisia social e o dogmatismo religioso que adoecem a humanidade há
séculos, além de estar muito em voga nos tempos atuais. Sem contar os arranjos
orquestrais, que aparecem de maneira sutil, mas fundamentais.
Downfall,
God Above Nothing, a mescla perfeita de Black e Death
Metal, Winged Snake Communion e sua
melodia desesperadora, além de The Carnal
Esplendour são os destaques. A produção, atual, porém equilibrada e sem
exageros modernos, ficou a cargo da própria banda e Rômulo Pirozzi. A sugestiva
e bela capa foi feita pelo baterista Rodolfo Ferreira. Dark Tower acerta mais
uma vez.
9,0
Vitor
Franceschini
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