quinta-feira, 19 de setembro de 2019

In Flames – “I, The Mask”


(2019 – Nacional)

Nuclear Blast / Shinigami Records

Não adianta os fãs ‘das antigas’ do In Flames viverem o resto de suas vidas torcendo o nariz, afinal, desde “Reroute to Remain” (2002), isto é, há quase 17 anos, a banda sueca mudou sua proposta e buscou uma identidade fora do que ajudou a consolidar, o Melodic Death Metal.

E o grupo sueco, hoje apostando numa mescla de Metal alternativo, Rock e pop, atinge seu objetivo e tem feito bons trabalhos. “Battles” (2016) é um disco bacana, mas que cai no esquecimento, soa comum nos dias atuais, porém de alguma forma mostrou que o In Flames chegou de vez ao que procurava.

“I, The Mask”, 13º disco de estúdio da banda, parece ser mais sólido e atemporal. Não resgata nada como muitos esperam, mantém a caminhada do quinteto e é um baita de um trabalho. Ousado, moderno e cativante, parece de início outro “Battles”, mas soa muito mais consistente.

Quanto mais você ouve o trabalho, nota que todo o repertório é de um equilíbrio impressionante, com faixas pegajosas, bons refrãos e a veia que a banda vem apostando atualmente. O mais incrível é que o álbum parece ser o mais pop do In Flames, o que prova que rótulo não define qualidade musical.

As cinco primeiras composições são de um bom gosto tremendo e quem pensa que dali em diante a coisa cai de qualidade se engana. É que “I, The Mask” tem um pormenor: as músicas se parecem entre si, o que passa longe de afetar brilho final do conjunto da obra. Deixo aos leitores decidirem quais melhores músicas. Claro, aqueles que compreenderem o disco.


9,0

Vitor Franceschini



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