(2019
– Nacional)
Violent
Records / VSF Records / Diabo Records / Trevas Nascemos Discos / Diabolic
Records / Impaled Records / Cianeto Discos / Temple of Bizarre Cult / Blasphemy
Art
O Heia é uma banda que
merece muito reconhecimento não só pela qualidade de seu Black Metal, mas por
sua postura fiel ao estilo. O trio de Goiânia carrega sua música estética e
ideologicamente da forma que o gênero deve ser, apolítico, anticristão e satânico.
A banda não tem uma
discografia extensa, são apenas dois álbuns, mais diversos outros trabalhos em
outros formatos, mas merecia. Porém, sempre produzindo, sendo em estúdio ou
shows, chegou a hora de um trabalho ao vivo. E a banda aproveitou sua tour pela
Bolívia e soltou este álbum odioso (no bom sentido).
A gravação razoável
combina com a proposta e nos denuncia um show intimista, onde os caras estavam
com sangue nos olhos. Místico (vocal/guitarra) comanda o show como uma
apresentação dessas deve ser, sendo acompanhado por Sanatás (baixo) que dá
inclusive um apoio nos ‘backings’, que acabam soando essenciais. Enquanto isso
Flávio destrói seu kit de bateria, que com a produção, some às vezes, mas faz
parte de uma apresentação ao vivo, inclusive de Black Metal.
No repertório clássicos
do grupo como Magia Negra, Negro
Pandemonium de Almas Infernais, Invocação e Onde As Trevas Predominam dão a tonalidade de um repertório que
mostra que a Heia sabe onde pisa e como utilizar a forma correta do Metal
negro, sem titubear.
Ainda há dois covers, um
para a maravilhosa An Elizabethan Devil
Worshipper's Prayer Book (Mystifier) e outro para Elizabeth Bathory (Tormentor), duas escolhas a dedo que mostram a
qualidade e abrangência das influências da banda. Um disco underground, que
prova que o submundo do Metal extremo está mais do que vivo do que nunca.
8,0
Vitor
Franceschini
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