(2019
– Importado)
Black
Lion Records
“The Faceless Divine”,
terceiro disco de estúdio dos alemães do Totengeflüster, é o primeiro
intitulado em inglês e com a maioria das letras cantadas no idioma saxão.
Talvez a banda sentiu que esse é o momento de expandir horizontes, afinal
optavam pelo alemão anteriormente, o que no Black Metal também soa bom.
É fato que a banda tem um
nível abrangente, evidente desde o seu primeiro disco, pois bebe nas melhores
fontes do Symphonic Black Metal. E, para quem pensa que a banda é toda pomposa,
o quinteto dos alpes Suábios faz Black Metal de verdade se utilizando de
adornos sinfônicos, o que torna sua sonoridade agressiva e obscura.
Este novo trabalho é o
mais versátil e melancólico do grupo, mostrando uma veia mais sombria e
variação de ritmos. A banda continua a destilar fúria em algumas composições,
porém tira o pé em algumas faixas, o que faz deste novo álbum algo mais
interessante e curioso de ouvir.
Os detalhes entre as guitarras
gélidas e cozinha com extremos precisos ficam mais evidentes a cada audição,
onde a utilização de camadas extras de teclado e piano caem como uma luva. Isso
ainda fica mais evidente com as vocalizações, que vão do rasgado tradicional,
para sussurros macabros e até urros mais cavernosos.
Em meio a melodias ora
moderadas, ora mais intensas, a banda aposta numa produção mais aguda, típica
do Black Metal, com destaque para faixas como On Carrion Wings, The Hollow
Wanderer (Cursed), que lembra muito os tempos áureos do estilo e Extinct Paradise. Curiosamente, entre as
duas bônus (uma é uma versão estendida da já citada The Hollow Wanderer), uma delas é muito boa e a mais Dark Metal do
disco. Trata-se de Entflamme mich.
Sem dúvidas, o melhor trabalho da banda.
9,0
Vitor
Franceschini
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