Por Vitor Franceschini
O que mais tem se
debatido nas redes sociais, entrevistas com bandas e/ou músicos, mesas de
bares, etc... no meio Rock / Metal é que se os grupos clássicos do estilo terão
substitutos a altura. E, infelizmente a resposta é meio óbvia. Apesar da
infinidade de qualidade de bandas que temos no mundo todo, ninguém será um
Black Sabbath, Motörhead, Kiss, Ramones, Iron Maiden, Metallica ou algo deste
‘naipe’. Claro que somente o tempo dirá em que status os grupos promissores de
hoje em dia e até alguns consolidados estarão, mas é impossível para o ser
humano prever isso atualmente.
Afinal a indústria da
música, mudou, a dinâmica de produção musical, portanto, é outra. Assim como a
forma de ouvir música, já que o caos e curto tempo que a população mundial tem
disponível para o lazer, permite que se ouça música cada vez mais
superficialmente. Logo, ao não se aprofundar em algo, a chance de termos ícones
como os mencionados no primeiro parágrafo diminuem.
Porém, estes dias me
peguei fazendo uma comparação doméstica com a mundial e tive um sinal de luz. O
fato de o Brasil ter exportado Heavy Metal mais tarde e com mais dificuldade,
fez com que gerássemos bandas mais honestas, mais profundas e com qualidades,
com certo atraso.
Claro que tivemos
Sepultura e Angra, posteriormente o Krisiun no topo e nem quero colocar a
responsabilidade das bandas atuais em substitui-las, principalmente a primeira,
que se equipara aos grandes sucessos mundiais do ‘mainstream’ mencionados no
início. Mas, se olharmos o que temos no nosso cenário atualmente, comprovamos
que o Brasil está melhor que o mundo no que se diz respeito a ícones e seus
substitutos.
É só olhar para o lado e
ver uma Nervosa voando baixo, tanto na produção de discos, quanto em turnês
internacionais. Olhe para o outro e constate o quanto o Claustrofobia tem
chutado bundas por aí, com lançamentos cada vez mais honestos e característicos
da banda. E sem dizer o próprio Torture Squad, que talvez seja atualmente o
nome mais consolidado dos três. Sim, citei as três bandas que se apresentaram
no Rock In Rio em 2019, mas por coincidência, porém não estiveram por lá à toa.
Mas, há muita coisa boa
por aí, que, se não substituir as bandas clássicas brasileiras do Metal, tem
muito para manter nossa bandeira erguida mundo afora. Dá até um branco na hora
de mencionar nomes, de tantos que são, mas dê uma passeada pelo próprio ARTE
METAL e veja como nosso ‘campeonato’ (pelo menos este) está bem nivelado por
cima. E entenda bem, proporcionalmente e no nível em que sempre vivemos, temos
mais ícones do Metal brasileiro garantidos que os do resto do mundo.
*Vitor
Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e
headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. Às vezes é prolixo.
Bom, na minha opinião tem bandas com mais moral que TS. As outras concordo. Pode ver tantas tours do Mistifier lá fora. A banda Eminence TB é super bem contata lá fora.nao podemos esquecer do Nervochaos
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