quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Ícones brasileiros do Metal estão mais garantidos que os do resto do mundo




Por Vitor Franceschini

O que mais tem se debatido nas redes sociais, entrevistas com bandas e/ou músicos, mesas de bares, etc... no meio Rock / Metal é que se os grupos clássicos do estilo terão substitutos a altura. E, infelizmente a resposta é meio óbvia. Apesar da infinidade de qualidade de bandas que temos no mundo todo, ninguém será um Black Sabbath, Motörhead, Kiss, Ramones, Iron Maiden, Metallica ou algo deste ‘naipe’. Claro que somente o tempo dirá em que status os grupos promissores de hoje em dia e até alguns consolidados estarão, mas é impossível para o ser humano prever isso atualmente.

Afinal a indústria da música, mudou, a dinâmica de produção musical, portanto, é outra. Assim como a forma de ouvir música, já que o caos e curto tempo que a população mundial tem disponível para o lazer, permite que se ouça música cada vez mais superficialmente. Logo, ao não se aprofundar em algo, a chance de termos ícones como os mencionados no primeiro parágrafo diminuem.

Porém, estes dias me peguei fazendo uma comparação doméstica com a mundial e tive um sinal de luz. O fato de o Brasil ter exportado Heavy Metal mais tarde e com mais dificuldade, fez com que gerássemos bandas mais honestas, mais profundas e com qualidades, com certo atraso.

Claro que tivemos Sepultura e Angra, posteriormente o Krisiun no topo e nem quero colocar a responsabilidade das bandas atuais em substitui-las, principalmente a primeira, que se equipara aos grandes sucessos mundiais do ‘mainstream’ mencionados no início. Mas, se olharmos o que temos no nosso cenário atualmente, comprovamos que o Brasil está melhor que o mundo no que se diz respeito a ícones e seus substitutos.

É só olhar para o lado e ver uma Nervosa voando baixo, tanto na produção de discos, quanto em turnês internacionais. Olhe para o outro e constate o quanto o Claustrofobia tem chutado bundas por aí, com lançamentos cada vez mais honestos e característicos da banda. E sem dizer o próprio Torture Squad, que talvez seja atualmente o nome mais consolidado dos três. Sim, citei as três bandas que se apresentaram no Rock In Rio em 2019, mas por coincidência, porém não estiveram por lá à toa.

Mas, há muita coisa boa por aí, que, se não substituir as bandas clássicas brasileiras do Metal, tem muito para manter nossa bandeira erguida mundo afora. Dá até um branco na hora de mencionar nomes, de tantos que são, mas dê uma passeada pelo próprio ARTE METAL e veja como nosso ‘campeonato’ (pelo menos este) está bem nivelado por cima. E entenda bem, proporcionalmente e no nível em que sempre vivemos, temos mais ícones do Metal brasileiro garantidos que os do resto do mundo.

*Vitor Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. Às vezes é prolixo.

Um comentário:

  1. Bom, na minha opinião tem bandas com mais moral que TS. As outras concordo. Pode ver tantas tours do Mistifier lá fora. A banda Eminence TB é super bem contata lá fora.nao podemos esquecer do Nervochaos

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