(2019
– Nacional)
Nuclear
Blast / Shinigami Records
O Opeth vem desde seu
décimo disco, “Heritage” (2011), trazendo sua sonoridade focada no Prog Rock
clássico e desde então se distanciando cada vez mais do Death Metal que faz
parte de suas raízes. “In Cauda Venenum” aumenta ainda mais essa distância.
O novo trabalho parece
dar continuidade ao seu antecessor, “Sorceress” (2016). No entanto, é bom
interpretar bem a palavra ‘continuidade’, afinal, não quer dizer que se trata
da mesma fórmula e sim da evolução desta fórmula apresentada no disco anterior.
É exatamente isso. Apesar
da suavidade de suas composições, do aspecto progressivo e burocrático em
alguns momentos, o Opeth ganha pontos por ainda navegar em mares mais pesados e
vigoroso, o que dá margem para os apreciadores das antigas ainda tentar digerir
o som da banda.
Não falta pretensão, mas
é inegável que Mikael Åkerfeldt (vocal/guitarra), Fredrik Åkesson (guitarra), Martín
Méndez (baixo), Martin Axenrot (bateria) e Joakim Svalberg (teclados) atingem
seu objetivo e conseguem nos mostrar uma música sofisticada na medida certa.
O ponto chave de “In
Cauda Venenum”, ou seja, o seu grande diferencial, é que o disco conta com o
melhor trabalho de orquestração que o Opeth já aderiu, aqui a cargo do
britânico Dave Stewart, que já trabalhou com o Anathema. Por fim, aos
sonhadores de ao menos um flerte com a fase antiga más notícias... Já quem
aprecia esse Opeth novo e muito bem estruturado, pode ir tranquilo. No mais,
música boa de qualidade.
8,5
Vitor
Franceschini
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