terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Warlord – “Deliver Us”


(1983 / 2019 – Relançamento – Nacional)

Hellion Records

O Warlord ganhou status de banda cult nos anos 80, tendo lançado apenas um registro completo em 1984, o álbum “And the Cannons of Destruction Have Begun...”. Entre 1981 e 1989, o grupo de Los Angeles lançou demos e coletâneas, sendo que este EP (que tem cara e formato de álbum) foi seu primeiro registro oficial.

Aliás, é exatamente neste trabalho que consta a famigerada faixa Child Of The Damned, coverizada pelos gigantes do Power Metal, Hammerfall, e que trouxe o nome do Warlord de volta à tona. Tanto que em 2002 a banda retornou e lançou três novos álbuns, além de outros trabalhos, e está na ativa até hoje.

Mas, falaremos dessa maravilha de disco que prova que os anos oitenta eram concorridos. Afinal, um trabalho deste não poderia figurar em segundo escalão, como figurou na época. Pois se trata de uma aula de Heavy Metal, incrementado, com melodias épicas e técnica apurada.

Desde a primeira faixa, Deliver Us From Evil, que tem uma introdução acústica, até a derradeira Lucifer’s Hammer, vemos uma banda coesa, com um trabalho de guitarras intrincado, arranjos com influências leves do neoclássico e uma cozinha forte, principalmente a bateria, que foi gravada por Mark Zonder, que posteriormente gravaria clássicos com o Fates Warning. Zonder aqui é creditado como Thunder Child.

Aliás, o guitarrista e baixista William J Tsamis, o Destroyer, além do próprio Zonder fazem parte da formação atual do Warlord. Na época, completavam o time Damien King (vocal), The Raven (baix) e Sentinel (teclados). Lembrando que os teclados sempre deram um diferencial às composições, mas sempre discretos e na medida certa.

“Deliver Us” é um trabalho com sete composições que se equilibram entre si, e ao ouvir Child Of The Damned (que o Hammerfall apenas deu uma roupagem atual em sua versão) vemos que é um hit de nascença. Essa versão nacional traz ainda uma faixa bônus, além de um encarte com minibiografia em inglês e fotos raras.


9,0

Vitor Franceschini


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