São praticamente três décadas
dedicadas ao Rock, e uma formação musical que nunca para de ser aperfeiçoada.
Esse é Jaeder Menossi, guitarrista da banda Javali, que um dia se chamou Pop
Javali, mas preferiu se livrar da alcunha composta para soar ainda mais
abrangente. O interessante é que o grupo data dos anos 90, mas só foi registrar
um trabalho em estúdio quase duas décadas depois. Detalhe: sempre com a mesma
formação! Com vocês, Jaeder Menossi!
“Demo
CD” – Pop Javali (2009): Primeiramente, muito obrigado ao
ARTE METAL pela oportunidade de falar aos seus leitores e participar da seção
Killing Yourself, agradecemos pelo espaço e divulgação nesse importante veículo,
do qual também somos fãs assíduos. Em 2007 lançamos um CD Demo, autointitulado “Pop
Javali”. Subimos essa demo em streamings de divulgação e este acabou atraindo
interesse da Oversonic Music, que nos convocou para uma entrevista e com quem
fechamos posteriormente um contrato. A demo conta com cinco músicas, todas elas
fizeram parte do repertorio do álbum “No Reason To Be Lonely”.
Início |
“No
Reason To Be Lonely” – Pop Javali (2011): Esse álbum
compila as principais músicas do nosso material desde o início da banda até o ano de 2011. Algumas das faixas foram
compostas nos anos 90, como Silence,
Believe, My Own Shield, entre outras. Interessantemente elas permanecem
atuais, e até hoje algumas fazem parte do nosso setlist. Temos um carinho
especial por esse disco, por termos assinado nosso primeiro contrato com uma gravadora,
que foi a Oversonic Music, de São Jose dos Campos/SP, que abriu as portas pra
gente, e por quem somos muitíssimos gratos. O fato curioso é que ele foi
gravado em apenas seis dias, num ambiente excelente e super descontraído. Foi
um desafio gravar num prazo tão justo, mas, por outro lado, revelou a gana que
tivemos de trabalhar sob a pressão da deadline, e atingir o resultado almejado.
“The
Game of Fate” – Pop Javali (2014): Este trabalho foi o
primeiro que produzimos com os irmãos Andria e Ivan Busic (ambos do Dr. Sin).
Foi muito gratificante poder trabalhar com estas referências do Hard Rock
nacional. É impressionante o nível de profissionalismo destes caras, eles são
muito detalhistas e cuidadosos, e nos proporcionaram uma produção absolutamente
impecável. Destaque também para a masterização, que ficou a cargo de Atila
Ardanuy, um dos mais renomados nomes do mercado fonográfico. É um álbum que
tivemos mais tempo para focar em minucias e muito rico na parte de vocalizações,
Marcelo Frizzo escreveu melodias sensacionais, com várias vozes superpostas, além
de outros aspectos e particularidades, como o uso de violões e efeitos. Marca o
início de uma transição da banda na busca de uma identidade maior, de
encontrarmos um padrão que se tonaria referência para os demais trabalhos que o
sucederiam. Os pontos altos do disco são a radiofônica Healing no More e as faixas mais progressivas Road to Nowhere e Time
Allowed, cujas quais estão frequentemente presentes em nossas apresentações.
Meio |
“Live
in Amsterdam” – Pop Javali (2016): Esse disco registra nossa
passagem pela Europa em outubro de 2015, foram realizadas nove apresentações em
quinze dias, começando por Milão na Itália, depois Suíça, Inglaterra, onde
tocamos no Cart and Horses Pub de Londres, local em que o Iron Maiden fez suas
primeiras aparições. Depois seguimos
para Holanda e Alemanha, onde participamos de festivais tradicionais como o
Sneek Metal Meeting, em Sneek na Holanda e o Razorblade Fest em Oer Erkenswich
na Alemanha. Também destaca-se nossa passagem por Hamburgo, onde fizemos duas apresentações,
sendo uma delas unplugged e o grand finale em Amsterdã, onde o disco foi
gravado. Novamente contamos com a produção dos irmãos Busic e o CD é
praticamente uma versao live do “The Game of Fate”.
“25
Years - A Quarter of Century on the Road” – Pop Javali (2017): Em
2017 o renomado produtor, musico, artista plástico, video maker e multimídia radicado
em Londres, Antônio Celso Barbieri lançou uma coletânea digital comemorando
nossos 25 anos de trajetória. Conhecemos o Barbieri em 2015 em Londres, desde então
temos mantido uma amizade muito bacana e sempre nos vemos quando ele vem ao
Brasil em seu período de férias. Somos extremamente gratos a este Mestre, que
sempre nos auxilia dentro de todo o possível, é um de nossos grandes
apoiadores. Além de ser uma pessoa ímpar,
a quem temos muito carinho, respeito e reverência, ele acabou se tornando como um
mentor pra gente. Esta coletânea conta com doze tracks, todas escolhidas por
ele, de acordo com suas preferências.
“Resilient”
– Pop Javali (2017): Esse é o meu álbum favorito, ele retrata
bem as influências que pudemos absorver na Europa, pelo intercâmbio com as
bandas de lá e suas sonoridades, impossível passar por uma experiência dessas
sem ser modificado de alguma maneira. Novamente a cargo da Busic Produções,
este trabalho tem uma produção absurdamente maravilhosa, ainda mais perfeita
que o “The Game of Fate”, o que imaginávamos ser impossível. O ponto alto a meu
ver são as guitarras, bem mais presentes e encorpadas, além de linhas vocais
mais agressivas, beirando o gutural, e também as baterias executadas com
maestria pelo Loks Rasmussen, com arranjos muito pesados e velozes. Dentre as
principais faixas posso destacar Hollow
Man, Drying the Memories, Reasonable, Broken Leg Horse e a faixa título, Resilient, que contém um dos meus
melhores solos até hoje.
“Read
my Mind” – Javali – Single (2018): Esse single marca a mudança
do nome para Javali, e o lançamento foi uma forma de concretizar essa alteração
em forma de música, como quem apresenta um cartão de visitas ao mercado, assim
por dizer. “Read my Mind” dá continuidade no trabalho de seu antecessor e foi
gravado no Estúdio Soul Mix em Piracicaba/SP, com produção de Rogero Chiarinelli
e Gustavo “Banana” Diehl. É uma música
numa pegada bem Alice In Chains, de quem somos grandes fãs.
Atual |
“Life
is a Song” – Javali (2019): Este álbum marca o início de nossa
parceria com a Miranda Records, de Portugal, que é um braço europeu da antiga
Sony Music Brasil. Acredito ser nosso trabalho mais maduro, combinando muito
bem as partes e tracks mais pesadas com canções mais tranquilas, além de vários
insights de Progressive-Rock. Creio que atingimos um equilíbrio muito preciso
entre todas as nossas influências e individualidades. O CD foi gravado no
Atmosphera Studios em São Paulo, sob a batuta de seu proprietário, o produtor
Ed Junior e que conta com a produção de André Costa e Thiago Bianchi
(Noturnall) do Estúdio Fusão, em Cotia/SP, onde o disco foi mixado e
masterizado. Foi bem bacana trabalhar com o Thiago, ele é um cara extremamente
talentoso e foi super atencioso e
paciente com a gente em todas nossas solicitações. Entre as minhas favoritas
estão as faixas Runaway, Empty Promises,
Child’s Frustration e a radiofônica Singing
Along. Também, nesse trabalho incluímos como bônus track a faixa Read my Mind do sinônimo EP, que houvera
sido lançada anteriormente somente em formato digital. Em nome do JAVALI agradeço
imensamente pela oportunidade e ficamos as ordens do ARTE METAL sempre que
precisarem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário