(2020
– Nacional)
Independente
Boiuna, explicando de
forma simples, é um mito amazônico que consiste em uma enorme cobra capaz de
virar as embarcações. Também pode imitar as formas das embarcações, atraindo
náufragos para o fundo do rio, ou assumir a forma de uma mulher. Enfim, a
riqueza do folclore brasileiro é infindável e deve ser mais explorada,
principalmente no Metal.
Bom, semi discursos à
parte, é nesse conceito que a banda tocantinense, o Vocifer, se baseia e muitas
coisas que o circunda, incluindo musicalmente, mesmo que de maneira discreta.
Afinal, a banda aposta num Power Metal de fortes flertes com o Metal
tradicional ao longo de sua abordagem.
O resultado é muito bom,
apesar de não fugir do comum. Veja bem, que o leitor não leve essa frase para o
lado pejorativo. Significa que o Vocifer não inventa moda, segue a tradição
metálica, mas consegue incrementar suas características, principalmente nos
ritmos, adotando levadas da música folclórica em doses homeopáticas.
Em meio a riffs de muito
bom gosto, uma sessão rítmica com pegada intensa e viradas muito bem
conduzidas, o ouvinte mais atento vai notar que a banda é versátil e tem sua
‘ginga’ própria. Tudo com linhas vocais equilibradas e sem exageros. A
produção, em um próximo lançamento, pode ganhar ainda mais em pompa e se tornar
o que já é bom, muito melhor.
8,5
Vitor
Franceschini
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