quarta-feira, 3 de junho de 2020

In Lo(u)co: GIRSCHOOL - (Festival de Rock Feminino) / Rio Claro (19/03/2011)




Por Adalberto Belgamo
Foto: Adalberto Belgamo

O interior de São Paulo sempre promove surpresas boas. Quem diria que um dia as moças do Girlschool se apresentariam em uma estação de trem? Na cidade de Rio Claro, há (havia) o Festival de Rock Feminino que, além de música, conta (contava) com outros eventos relativos ao tema. A Girschool participou em 2011. Cidades não tão distantes uma da outra! Pé na estrada!

O interessante é que a única mulher presente na “aventura” foi uma ex-namorada (estou na pista e no Tinder! Só chamar! - risos). Ainda bem que quase 10 anos depois as coisas mudaram.  As mulheres não estão conquistando espaços, mas ocupando os que lhes eram de direito com a mesma competência (mais em muitos casos) dos “peludos”. Chora “cuecada” (risos). Aceitem que dói menos.

O local do show não poderia ser melhor. A estação de trem. Tudo bem organizado. Chegamos quase na hora do show. Não deu para ver as bandas de abertura. Não sei o porquê, mas “odeio” atrasos. Se algo é às 19h, não há razão para aparecer as 20h, 20h30, 21h! (risos).

Tenho vinis da banda desde a década de 80.  Foram desbravadoras em uma cena totalmente dominada por homens. Não foram as únicas, mas em relação ao Metal, sim.



Olhem o setlist! Demolition Boys, C'mon Let's Go, Not for Sale, Hit and Run, I Spy, Never Say Never, Screaming Blue Murder, Future Flash, Tonight, Everything's the Same, Kick It Down, Yeah Right, Race With the Devil (The Gun cover), Emergency, Take It All Away, Tush (ZZ Top cover).

Já havia visto shows de bandas femininas (ou com integrantes). De Blues/Jazz a Punk/Hardcore, passando pelo Alternativo/Indie e afins, mas Metal mesmo “in lo(u)co” foi o primeiro. Qual a diferença para os “barbudos”? Nenhuma! Dominaram os instrumentos e o palco com a mesma competência. Portanto, Metal/Hard Rock (arte em geral) é feito com o coração e com o cérebro, e não com os órgãos genitais. Fica a dica.

Fim de show. Hora de voltar para Texascoara. Os meus amigos não quiseram comer aquele lanchinho maroto. Sensacional! Diga-se de passagem.  Mas eu convenci a ex e a gordurama abdominal foi reposta! (risos).

Ah, eu sempre viajo como o copiloto que não presta atenção nas placas e nas entradas. Resultado: algumas escolhas erradas! Tentei tirar a habilitação em seis tentativas. Reprovado em todas! Melhor assim, pois se tivesse um carro, mandaria pintar “this machine kills fascists” e estaria preso agora! (risos)

Inté!




*Adalberto Belgamo é professor, atuando no museu (sem ser peça... ainda - risos), colaborador do Arte Metal, além de ser Parmerista, devorador de música boa, livros, filmes e seriados. Um verdadeiro anarquista fanfarrão.

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