(2019
– Nacional)
Hellion
Records
O Heavy Metal deu as
caras em Seattle, nos Estados Unidos, bem antes de o Grunge surgir nas garagens
das melhore famílias por lá. Claro, o leitor com certeza lembra do nome do Sanctuary
e do saudoso Warrel Dane quando a cidade do estado de Washington é mencionada,
mas teve mais coisas boas por lá. O Culprit é uma delas.
O grupo surgiu em 1981 e
gravou apenas um álbum completo, “Guilty as Charged!” (1983), que foi lançado
pelo renomado selo Shrapnel Records, que nos anos oitenta foi responsável por
lançar álbuns de nomes como Exciter, Cacophony, Keel, Vicious Rumors e muitos
guitarristas ‘shredders’, dentre eles Marty Friedman e Jason Becker.
Apesar de tentar alguns
retornos, o Culprit só se estabilizou novamente em 2017, com a liderança do
baixista fundador Scott Earl, que recrutou os italianos Mino Mereu (vocal) e
Patrick Abbate (guitarra), além do baterista Saul Ashley (que saiu depois de
gravar o disco). Ao invés de lançarem algo inédito, optaram por um trabalho ao
vivo que homenageia seu único disco até então.
Com exceção de um solo de
baixo (bem interessante, aliás) no meio do repertório, o disco segue à risca o
tracklist original, no entanto com releituras bem adaptadas aos tempos atuais e
ao vivo (não diga?!). E o resultado é bem interessante, com as músicas mais agressivas,
mostrando-se atemporais.
O Heavy Metal do grupo
flerta com o Hard Rock de forma leve, possui variação, levadas interessantes e
até uma dose de ‘groove’, que obviamente é mérito das excelentes linhas de
baixo de Earl. E o cara acertou na escolha do vocalista, já que Mino é um baita
cantor, e ainda parece mostrar uma ótima presença de palco, incluindo se
interagindo com a plateia. Trata-se de um bom disco ao vivo, enérgico como o
formato pede e que resgata mais um bom nome do Metal oitentista! Tomara que
lancem algo inédito!
8,5
Vitor
Franceschini
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