(2020
– EP – Nacional)
Independente
É muito legal quando uma
banda adota uma abordagem sonora atual, mas prefere trazer as referências
iniciais de um subgênero o transportando para os dias de hoje. A Póstuma,
oriunda de Americana/SP, faz isso com o chamado Melodic Death Metal e se sai
muito bem.
Relativamente nova, a
banda se formou em 2017 e conta com Bia da Aldea (vocal), Rodrigo Batista e
Júlio Alves (guitarras), Diego Carmelo (baixo) e Murilo Pasqualino (bateria).
“Moralis” é o primeiro trabalho do quinteto, e chama atenção de cara, tanto
pela qualidade sonora, quanto pela produção e também pela pegada de seus
músicos.
Apesar do “Melodic”, o
Death Metal da banda não exagera na dose. O que a Póstuma faz é dar dinamismo,
com melodia na medida certa e investir em linhas vocais rasgadas. É como se o
Children Of Bodom de meio de carreira se juntasse ao atual Arch Enemy, porém
com uma veia bem mais visceral.
A coesão é outro fator
preponderante na sonoridade da banda. Enquanto as guitarras criam bases
sólidas, mas com aquele timbre ríspido e riffs agressivos, o baixo se desprende
de suas linhas comuns, e dá uma sustentação maior no peso. A bateria tem uma
pegada forte, inclusive adicionando interessantes ‘blast beats’, mantendo
sempre a toada.
Em certos momentos a
banda soa até redonda demais, não que isso seja um problema, mas podem ser até
mais naturais num lançamento próximo e também procurarem diversificar mais no
ritmo. Longe de isso ser um problema, pois temos em mãos um dos EP’s mais
bacanas de 2020.
9,0
Vitor
Franceschini
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