(2019
– Nacional)
Nuclear
Blast / Shinigami Records
O Strigoi é o novo
projeto de Gregor Mackintosh (vocal/guitarra, Paradise Lost) e Chris Casket
(baixo, Eastern Front, Devilment, ex-Extreme Noise Terror, etc). Os dois
tocaram juntos ao vivo no Vallenfyre, projeto encerrado de Mackintosh que
lançou três discos. O baterista convidado é Waltteri Väyrynen (ex-Vallenfyre),
hoje também no Paradise Lost.
A proposta é interessante
e até ousada. Afinal de contas, o Death Metal é o foco principal, mas há
elementos do Crust, Sludge e Doom Metal (o cara tenta deixar o Doom, mas o Doom
não deixa o cara – risos). A fórmula funciona e o disco é cheio de peso e
variação.
Falando em peso, o
negócio aqui é a palavra em seu significado puro. Desde as guitarras
‘dropadas’, bem sujas, passando por linhas de baixo distorcidas, as composições
mostram uma intensa densidade. As variações rítmicas denunciam as influências,
onde em certos momentos há velocidade pura e em outros algo mais cadenciado.
Mackintosh aqui, assim
como na sua ex-banda, também ataca como vocalista, e investe em linhas guturais
bem graves, porém inteligíveis. O cara deve ser um grande amante do Death
Metal, por investir bastante nestes projetos, mesmo atuando em uma banda
consagrada no que faz e mais diversificada.
Esclarecendo a origem do
nome, que é bem original, Strigoi, no folclore romeno, são as almas
atormentadas dos mortos que saem dos túmulos. Alguns ‘strigoi’ podem ser
pessoas vivas com certas propriedades mágicas. O Drácula de Bram Stoker se
tornou uma interpretação moderna dos Strigoi.
8,5
Vitor
Franceschini
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