Por Vitor Franceschini
Navegando pelos mares tóxicos das redes sociais, me peguei lendo uma expressão que sempre foi comum dentro do cenário metálico: ‘isso é som de macho’. Denota-se isso algo como se fosse feito para homem ouvir, assim como muitos se referem a músicas que não apreciam como ‘isso não é som de homem’ ou impõem ‘ouça coisa de homem!’, etc. Tudo como se música tivesse ou definisse sexualidade.
Está na cara que isso vem de um machismo que está enraizado não só no cenário da música pesada, como em toda sociedade. Mas, isso denuncia uma vulnerabilidade cada vez mais exposta entre os homens. A fragilidade masculina. Aquela forma que muitos têm que se utilizar de argumentos e afirmações rasas para expor sua masculinidade.
Alguns exemplos podem vir desde a comida e a bebida que ingerem, passando pelos filmes que assistem, as roupas que vestem ou a música que ouvem, enfim, o time que torcem ou o programa que assistem. É sempre baseado em gostos, nunca em atitudes. Típico de quem tem dúvidas sobre o seu próprio ser. Segundo o site, Quora (https://pt.quora.com) "masculinidade frágil é a expressão que denota aquele exercício castrado, limitado, eivado de convenções sociais absurdas e preconceitos delas derivados e, por que não?, doentio da masculinidade humana."
É muita fraqueza querer se definir por aquilo que come, assiste, ouve, etc e não por suas atitudes diárias, seu caráter e responsabilidades, não só como um ser ‘másculo’, mas como um ser humano. Logo, voltando para o nosso ‘nicho’, achar quem ouvir essa ou aquela banda (ou música) define sua sexualidade, é de uma imbecilidade e fraqueza imensa, além de muita falta de personalidade.
*Vitor Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. Curte Manowar.
Ótimo!!!
ResponderExcluir