(2020 – Nacional)
Nuclear Blast / Shinigami Records
O Suicide Silence sempre soou brutal com seu Deathcore visceral. No entanto, a música da banda ganhou um ar mais sombrio desde a morte do vocalista Mitch Lucker em um acidente de moto em 2012. Não que soe enlutada, isso só os membros podem responder, mas é nítida a aura sombria das composições.
Mas, isso pode estar no fato de Hernan "Eddie" Hermida (vocal) ser um letrista que aborda a obscuridade. Seus temas sempre rondam a morte, a dor e o desastre, o que também pode ocasionar nestes climas mais sombrios que permeiam a sonoridade do grupo desde então.
A sonoridade da banda continua transbordando peso, mostrando aqui um excelente trabalho de guitarras. Os riffs de Chris Garza e Mark Heylmun constroem uma base maciça, com timbres bem escolhidos e solos praticamente nulos. As linhas de baixo de Dan Kenny fazem a lição de casa e junto com a bateria de Alex Lopez comanda as quebradas e o ‘groove’ necessários.
“Become The Hunter” tem um problema que não assola somente o Suicide Silence, mas o estilo proposto em si. A falta de abrangência. As composições se assemelham bastante (nem todas, claro), deixando o disco repetitivo demais em certos momentos, principalmente nas levadas.
Um dos fatores que ajudam a coibir essa falha são as ótimas linhas vocais de Hermida, que aposta em sua versatilidade, trazendo linhas rasgadas, guturais e outras até mais gritadas. A produção do disco é muito interessante, soando mais natural do que o normal, mérito de Steve Evetts (Sepultura, Hatebreed).
https://www.facebook.com/suicidesilence/
8,0
Vitor Franceschini
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