(2020 – Nacional)
Nuclear
Blast / Shinigami Records
O White Stones é a banda paralela do atual baixista do Opeth, o uruguaio Martín Méndez, que está há mais de 20 anos ao lado dos suecos e agora solta o primeiro trabalho de seu projeto. Aqui ele é o responsável pelas cordas, tendo ao seu lado os espanhóis Jordi Farré (bateria) e Eloi Boucherie (vocal).
Em guarani, a palavra
Kuahary denomina o Sol. Para o povo Guarani é o principal regulador da vida na
Terra e tem grande significado religioso. Todo o cotidiano deles está voltado
para a busca da força espiritual do Sol, que na linguagem religiosa (sagrada)
denomina-se Nhamandu. Ou seja, o significado do nome do álbum é profundo.
Profunda também é a
sonoridade encontrada no disco. Trilhando o caminho do Death Metal progressivo,
o trio consegue escapar das mirabolâncias vistas atualmente no estilo,
praticando um som orgânico e visceral. Porém, equilibram bem o peso e expõem
uma faceta bem soturna em sua sonoridade.
Martínez traz um trabalho
de guitarras primordial, com riffs intrínsecos e solos oportunos. As linhas de
baixo mostram sua especialidade, com timbres distorcidos, dando a sujeira na medida
para a proposta. Enquanto isso, a bateria segue o caminho versátil das
composições, que caminham por ritmos quase sempre quebrados, que hora ou outra
caem em algo mais direto, seja cadenciado, mais dinâmico e até agressivos.
Eloi incrementa a empreitada
com vocais cavernosos, que casam perfeitamente com a proposta. Não bastasse a
essência acima da média do repertório de “Kuahary”, ainda há participação de Fredrik
Åkesson (Opeth) em quatro solos de guitarra e Per Eriksson (Katatonia,
Bloodbath) também com um solo nas seis cordas na faixa The One. Representa!
https://www.facebook.com/WhiteStonesOfficial/
8,5
Vitor
Franceschini
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