(2012 / 2021 – Relançamento – Nacional)
Nuclear
Blast / Shinigami Records
Igorrr é o pseudônimo do músico francês Gautier Serre, ex-integrante das bandas Whourkr e Corpo-Mente, além de ser um verdadeiro maluco pelo som experimental. E esse experimentalismo chega ao Brasil, em mais uma parceria entre a Nuclear Blast e o selo nacional Shinigami Records.
Lançado em 2012, “Hallelujah” é o segundo disco do
projeto que teve seu início em 2005. Relançado pelo selo alemão, o trabalho é
referência na discografia de Igorrr, que hoje atinge quatro álbuns cheios no
total. Todos sempre inovando e buscando a mescla de diversos estilos.
Porém, já fica o aviso. O
ouvinte mais acostumado a algo mastigado e pronto pra engolir, deve passar
longe. Afinal, Igorrr mostra em sua
sonoridade Industrial, música barroca, erudito, breakcore, trip hop e
grindcore. É um som indigesto, incompreensível em alguns momentos e em outros
até desnecessário.
Há momentos de pura
conexão e sintonia, em outros, como o experimentalismo pede, há desconexões, e
algumas tomadas absurdas, até com a incursão da galinha de estimação do músico.
Isso mostra que Igorrr é, além de
tudo, um explorador e muito ousado, não necessariamente produzindo algo bom.
No entanto, no repertório
irá encontrar bastante batidas eletrônicas, muita coisa de música erudita e
algumas passagens que nos remetam ao Metal Industrial e ao Grindcore, o que
causará momentos de alívio em alguns. As melodias clássicas também podem trazer
momentos de alívio, enquanto batidas sem sentido pode servir como um tormento.
“Hallelujah”
também traz pouca ou quase nenhuma vocalização, o que o torna ainda mais chato.
Não é porque é complexo e bem gravado que irá agradar a todos, mas pode ter
quem goste. Vale destacar a participação de Teloch (Mayhem), e da
cantora clássica Laure Le Prunenec.
https://www.facebook.com/IgorrrBarrroque
5,0
Vitor
Franceschini
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