(2021 – Nacional)
Independente
São 25 anos dedicados ao Metal extremo. A Atropina surgiu em 1996 e entrega agora o seu quarto álbum cheio, depois de cinco anos de seu antecessor “Porões da Luxúria” (2016) e a evolução da banda não é um passo, mas um salto na qualidade e criatividade, consolidando de vez sua marca no cenário.
Aos mal-intencionados,
isso não significa que os trabalhos anteriores da banda não eram bons, pelo
contrário. Mas, era nítido que a banda buscava sua identidade e moldou isso com
o tempo, tanto que primava por uma veia mais Thrash Metal e hoje, apesar de
preservar certas características, trilha por outros caminhos.
O mais importante, é que
a Atropina conseguiu manter sua
identidade, e entrega em “Prego Em Carne
Podre” um Black Metal agressivo, odioso em suas temáticas e que traz alguns
elementos do Death Metal. Tudo bem estruturado, com alternância de andamentos e
melodias bem dosadas.
Um trabalho de riffs mais
dinâmicos e ríspidos mesclados com bases mais sólidas, dão à tônica para uma
música apocalíptica. Enquanto a cozinha martela nos alicerces, e vocalizações
rasgadas blasfemam sem piedade, cantando letras em português, muito
inteligentes e sem discurso barato.
Temos que destacar também
a produção do disco, que mostra mais um grande passo da banda e atingiu um
resultado bem equilibrado. Difícil apontar um destaque em meio a um repertório
tão brilhante, mas fico com as faixas Vociferando
Sangue, Lágrimas Mortas, Prego Em Carne Podre, Anjo Doentio, Enfermidades
Torturadas e Delírios Assombrados.
Que álbum!
https://www.facebook.com/atropinametal
9,0
Vitor
Franceschini
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