Por Vitor Franceschini
Não quero julgar nada e nem especificar nomes, jamais, aliás. Mas vivemos em tempos que a autoexposição é corriqueira e tem a esmo por aí, obviamente devido à internet suas plataformas e redes sociais. Logo, como consequência o surgimento de subcelebridades se escancara e comportamentos estranhos, no mínimo suspeitos, vêm junto.
Tudo isso se inicia nas
famosas bolhas que se criam no mundo virtual, muito mais intransponíveis que as
vivências reais. Logo, temos jornalistas (‘influencers’), bandas e artistas,
que, devido ao sucesso repentino e milhares de seguidores, se sentem
vislumbrados e perdem um pouco da noção da realidade.
E por que estamos falando
disso? Porque esse comportamento, naturalmente lida com ego. Ego e/ou falta de
humildade pode ser perigoso em qualquer situação e, obviamente, quando não
enxergamos a realidade, a ficha pode cair tarde e a desilusão ser ainda maior. Quanto
se trata de música, nem se fala. Aí, vira caso de saúde pública, pois vem
surtos, depressões e outros casos.
Além disso, a
autoconfiança não pode ser confundida com a soberba. Pode-se confiar no próprio
taco e manter a humildade. Caso contrário, o público, que não é nada bobo, irá
perceber e boicotar naturalmente um artista que falte com tal e dê o passo
maior que as pernas. E não está escrito o tanto de casos de alguém que perdeu a
humildade antes mesmo de fazer sucesso. Esses dias mesmo, me deparei com um
‘podcast’ onde um integrante de banda comentava sobre suas exigências de
camarim, sendo que eu (que trabalho no meio) mal sabia quem era a tal pessoa, e
não só por isso, os comentários na ‘live’ me levava a tal conclusão: era pedir
muito, sim. Só pra citar um exemplo.
Então, só um recado. Não
se iluda com seus números de seguidores, com todas as cinco pessoas que te
elogiam diariamente e muito menos com seu talento. Isso não é uma crítica, é um
alerta. Reflita, e saiba que suas chances de dar errado sempre são maiores que
o sucesso, além do mais, caso você se mantenha intacto, com sua verdadeira
personalidade, o mais normal possível, sua frustração será menor. Se
subcelebridade fosse bom, seria celebridade. Mais humildade, por favor.
Vitor
Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e
headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. Detesta ser
reconhecido na rua.
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