Resenha: Distraught – “Involution”

(2025 – EP – Nacional)

Independente

Apesar de ter lançado vários singles, além do álbum ao vivo “Southern Screams Live” (2022), os lendários gaúchos do Distraught não soltam um disco de inéditas há 10 anos, desde o magistral “Unlocked Forever” (2015).

Mesmo que ainda não seja um disco, é ótimo poder ouvir 5 músicas inéditas dos caras e saber que eles estão praticamente com a mesma formação de 10 anos atrás, tendo a chegada do baterista Tiago Caurio (Astafix, De Ros, etc) estreando em estúdio, já que está na banda desde 2022.

Outra boa notícia é que o Distraught continua o mesmo só que ainda melhor. Afinal de contas, as faixas que aqui estão mostram a banda fazendo aquele thrash metal que a caracterizou e com uma gana incrível, surpreendendo pela energia de uma banda que está na ativa há 35 anos.

O vocalista André Meyer está com seu vocal mais rasgado do que nunca, enquanto Ricardo Silveira e Everton Acosta destilam riffs a esmo, como o estilo pede e com timbres lindíssimos. O baixo de Alan Holz é o martelo da pulsação, enquanto Caurio mostra porque foi escolhido, apresentando pegada e um fundo tribal discreto que fez muito bem ao som do grupo.

Aí chegamos naquele dilema de qual faixa iremos destacar, o que sempre, indubitavelmente, gera injustiça. Mas, já que o protocolo sempre pede isso, a brutal abertura com “Bloody Mines” e o refrão poderoso da raivosa “Truth Denied” devem ser ouvidas como prioridade!

Por Vitor Franceschini