sexta-feira, 27 de maio de 2011

Entrevista: Vomitory



O novo trabalho da Vomitory – “Opus Mortis VIII” – lançado há exatamente um mês, tem repercutido de forma bastante positiva na mídia especializada ao redor do mundo. Aproveitando a ótima fase da banda - formada por Urban Gustafssom (guitarra), Erik Rundqvist (vocais/baixo), Peter Östlund (guitarra) e Tobias Gustafssom (bateria) - entrevistamos por e-mail este último, que brevemente falou sobre o novo disco, sobre a cena extrema sueca, e sobre tocar por aqui, entre outros assuntos. E, infelizmente, parece que se apresentar no Brasil ainda é um sonho distante... Aproveito para deixar o apelo: produtoras, que tal trazerem uma das melhores bandas de Brutal Death Metal do mundo para o país!? Com a palavra, Tobias Gustafssom.
O que pode contar sobre o novo álbum “Opus Mortis VIII” para os fãs brasileiros? Qual o significado do seu nome?
Tobias Gustafssom: “Opus Mortis VIII” é (obviamente) nosso oitavo álbum, uma continuação de nosso trabalho anterior. O som típico da Vomitory está totalmente presente, mas há alguns novos detalhes incorporados à música. E partes mais “groovadas” também aparecem mais nesse trabalho do que nos anteriores, acredito. Até agora, que eu saiba, os antigos fãs estão muito satisfeitos e o álbum parece atrair também novos admiradores.
Você acha que a banda tem o reconhecimento que merece?
Gustafssom: Não. Porém não é nada que realmente nos incomode. Mas com certeza, considerando tanta porcaria por aí que consegue mais atenção e reconhecimento, definitivamente acho que merecemos mais sim. Por outro lado, nunca visamos fama e fortuna com a banda. Primeiramente e o mais importante, queremos apenas tocar Brutal Death Metal, porque amamos isso.
Os álbuns da Vomitory têm sua própria identidade. Vocês é uma banda de Brutal Death, mas misturam elementos Hardcore e outros ao seu estilo. Por favor, fale um pouco sobre isso.
Gustafssom: Muito obrigado. Bem, não escutamos somente Death Metal, então acho que é natural ouvir algumas outras influências e elementos para agregar ao nosso estilo. Quando entramos no Death Metal no final dos anos 80, eu também escutava Heavy Metal tradicional e algumas coisas Hardcore e punk. Então acho que isso me influenciou e me fez um bom compositor.
E como funciona o processo de composição da Vomitory?
Gustafssom: Geralmente crio uma música, gravo uma demo simples em casa e depois mostro para os outros caras aprovarem. Então Erik (Rundqvist – vocal/baixo) escreve as letras. Esse é o procedimento normal. Peter (Östlund – guitarra) também cria músicas tão bem quanto escreve letras. Nunca escrevemos composições completas juntos, muito embora Peter e eu componhamos juntos durante o ensaio em nosso estúdio e finalizamos alguma canção quase pronta que um de nós escreveu.
Hoje em dia, a Suécia tem grandes bandas extremas. Como é a cena aí? Que bandas você destacaria?
Gustafssom: Acho que a cena é muito boa. O Death Metal continua fluindo, mas as pessoas ainda são muito preguiçosas para sair e assistir a shows. Infelizmente, sou um deles atualmente. Duas boas novas bandas são a Fetus Stench e Maim. Ambas detonam!
Quando a Vomitory virá ao Brasil?
Gustafssom: Não tenho ideia. Não sei se isso acontecerá algum dia, infelizmente. Tem havido algumas propostas do Brasil e da América do Sul durante os últimos anos, mas na maioria dos casos, não é viável financeiramente. Contudo vamos ver o que acontece no futuro. Seria demais expelir nosso Death Metal sobre a plateia brasileira!
Obrigado pela entrevista, Tobias. Por favor, deixe uma mensagem para os fãs brasileiros.
Gustafssom: Muito obrigado. Dêem uma checada em nosso novo trabalho – “Opus Mortis VIII”, e em todos os nossos álbuns se vocês ainda não o fizeram. O novo disco e o nosso anterior, “Carnage Euphoria”, também são comercializados em vinil pela Cyclone Empire Records. Vamos manter os dedos podres cruzados para que possamos tocar no Brasil um dia! Saudações e fiquem fora da prisão!

Por Christiano KODA (www.somextremo.blogspot.com)

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