Warrior é o quinto disco de estúdio dos suecos do Unleashed. Lançado em 1997, o disco segue a linha do polêmico antecessor Victory (1995), onde a maioria dos fãs torceu o nariz para o álbum.
O grupo sempre primou por fazer um Death Metal puro, direto e brutal, na veia das bandas ‘old school’ da Suécia. Riffs pesadíssimos, vocais extremamente urrados e cozinha com forte pegada eram características do grupo. Em Victory a banda poliu seu som por completo, deixando a coisa mais cadenciada com vocais mais inteligíveis e, de certa forma acessível.
Warrior segue a linha de seu antecessor, portanto nada do Death Metal puro e simples que o Unleashed fez em seus três primeiros clássicos estão aqui. Aqui você encontra os vocais ainda mais inteligíveis, as guitarras ainda mais polidas (apesar da produção suja, a cargo da banda e de Fredrik Andersson) e um som mais acessível, portanto com mais feeling que Victory.
Ao mesmo tempo em que perdeu fãs extremistas, com Warrior a banda ganhou novos adeptos. Particularmente, gosto de todos os trabalhos do grupo, mas o disco encabeça minha lista de preferidos.
Apesar do som ainda soar ‘from hell’ e brutal, em Warrior encontramos certa dose de senso de humor na execução e ritmo das faixas, mesmo que isso não seja proposital, foi assim que soou. A veia Rock and Roll da banda emanou e isso é evidente em faixas como “Mediawhore”, “I Have Returned” e “War Machine”. Algo como o Six Feet Under tem feito nos álbuns tributos Graveyard Classics, só que com músicas próprias.
A inovação fica por conta da instrumental “Logt Nid” que tem um órgão tenebroso no início. O Death Metal corre solto em “Born Deranged”, “The End” e no hino “Death Metal Victory”. A melodia e o ponto alto do disco ficam por conta das ‘melódicas’ “Hero of The Land” que tem uma ótima levada e “My Life For You”.
Warrior, apesar de seguir a linha do seu antecessor, ainda pode ser taxado como um disco ímpar. Ame ou odeie.
NOTA 9,5
Vitor Franceschini
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