Esse power trio carioca, formado atualmente por Thiago Dominogorgoth (Vocal/Baixo), Thiago D’Lopes (guitarra) – lembrando que Artur Círio gravou as guitarras na época – e Luis Carlos (bateria), investe em um som que ganhou força no início dos anos 2000 com bandas como Spiritual Beggars e Terra Firma, o Stoner Metal.
O estilo é um tanto quanto desconhecido do público brasileiro, mais pela sua rotulação do que exatamente por sua sonoridade, pois o som mescla Rock Clássico, Doom Metal e Heavy Metal resultando em uma música suja e pesada, groove e climas soturnos.
Após cinco trabalhos não oficiais a banda foi para o estúdio, ainda em 2009, e gravou nove composições que mostram que eles sabem, e muito, fazer o som que propõem. Com faixas que não passam dos quatro minutos e meio, Stoned On Musik é um disco pesado, sujo e variado.
“Shadows f Hope” abre o petardo velozmente e mostra toda a energia da banda, ótimo cartão de visitas. “Reality” dá aquela grooveada no álbum com riffs ‘wha wha’ com quebradas interessantíssimas. A faixa que leva o nome da banda dá aquele ar psicodélico, com ótimos arranjos e levada rítmica bem soturna. Tudo sem contar o ótimo trabalho vocal de Thiago Dominogorgoth.
Em seguida “Peccata Mundi 2 (Blessed Still)” prima pela eficiência e simplicidade, que são fundamentais para o Rock and Roll. Já “Damned” mostra mais uma vez o groove da banda, com um ótimo trabalho da cozinha e ritmo interessante. “Born Of A New Day” tem um peso absurdo, por conta de riffs simples, mas excelentes e uma levada cadenciada que irá agradar em cheio fãs das raízes do Doom Metal.
“I´m Not Your Puppet” se inicia com uma base totalmente Rock e ótima levada, sendo a mais acessível do disco e amornando um pouco as coisas. “The War Song” é uma pedrada, rápida e violenta com uma quebrada brusca no refrão que gruda mais que super bonder. A faixa título fecha o álbum como uma fábrica de riffs resumindo como é a música do Statik Majik, com belo trabalho da bateria e ótima variação rítmica.
Um disco original, com belos riffs e solos de guitarra, cozinha brutal e ótimos arranjos, além de um bom trabalho gráfico. Deve ser digerido devagar, pois há risco de engasgar.
NOTA 8,0
Vitor Franceschini
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