A banda catarinense Drunk Vision surgiu em 2009 e já soltou debut álbum Day After este ano. Formada pelo líder e mentor D.V. (vocal/baixo), Cayo Correa (guitarra/backing vocals) e Rafa Dachary (bateria), a banda faz um estilo focado no Progressive Death Metal, mas com diversas pitadas de Thrash Metal e Melodic Death Metal.
O álbum abre com “Self Burning Machine” que é pesada e com ótima variação rítmica e solos de guitarra a lá Death. “Yellow Light” possui um começo que também segue a escola do mestre Chuck Schuldiner, principalmente dos álbuns Indiviual Thought Patterns e Symbolic, portanto com as características do Drunk Vision, com ótimas vocalizações e trabalho da cozinha, além de um bom arranjo de teclado ao fundo que deu um clima bem obscuro à faixa.
“Sober Times” pode ser considerada uma balada de peso, na linha Melodic Death Metal, com vocais se alternando entre os rasgados e limpos. Um ótimo trabalho de guitarras, tanto em riffs quanto nos solos, aparece em “Endless Night”, enquanto na faixa que dá nome à banda os riffs se alternam com algumas passagens de dedilhado em uma levada bem interessante com um ótimo refrão e pós-refrão.
“What Would You Do” é rápida e pesada com leves quebradas, e a faixa título possui uma base/solo muito bem encaixada e, mais uma vez, ótimas vocalizações. Aliás, as variações do vocal são um dos destaques do trabalho. “Forgotten Cluster” é outra bela faixa, com uma ótima melodia.
“Why Not” lembrou bastante as composições da extinta banda sueca Gardenian, mostrando peso e técnica ao mesmo tempo. “Homecoming (Day After Pt 2)” possui um ritmo cadenciado, boa variação na melodia e ótimos vocais, sendo uma das melhores do trabalho. Fechando com chave de ouro “Outlaw Land” conta com arranjos de teclados, e uma boa dose de técnica, principalmente das guitarras.
O álbum ainda conta com a faixa título em uma inusitada versão acústica como bônus, que conta a participação da vocalista Ana Wentzel.
A produção do trabalho ficou ‘ok’ com um som bem cristalino e parte gráfica muito bem elaborada, mas a bateria ficou muito na cara, deixando os ótimos trabalhos de guitarra um pouco ao fundo. Ainda assim é um bom álbum.
NOTA 8
Vitor Franceschini
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