terça-feira, 27 de dezembro de 2011

IRON SAVIOR – “THE LANDING” – 2011 – AFM Records



Tendo a frente o talentosíssimo Piet Sielck (vocal/guitarra, Savage Circus, e que já participou de bandas como Grave Digger, Blind Guardian e Gamma Ray, como músico de sessão), o Iron Savior começou como um projeto ‘dream team’, que além de Piet, tinha Kai Hansen (Gamma Ray, ex-Helloween) e Thomen Stauch (ex-Blind Guardian) na primeira formação. Kai chegou a gravar os três primeiros álbuns.
Confesso que até hoje não sei se o Iron Savior é um projeto ou se realmente é uma banda consolidada. Digo isso porque discografia a banda já possui, pois “The Landing” é o sétimo disco de estúdio que se juntam a dois Ep´s e mais quatro singles, portanto em termos de shows a banda é bem escassa.
Apesar de soar como um Power Metal comum e fiel aos discos anteriores, “The Landing” possui boas composições e comete o ponto positivo de não errar. Tudo no disco é equilibrado, desde a produção, até a execução das músicas com todos os instrumentos bem encaixados e nada de exageros ou frescurinhas.
As faixas são diretas, poucas passam dos cinco minutos e não cansam. Bons exemplos são as faixas que iniciam o disco como “The Savior” que tem ótima levada rítmica puxada pro Metal Tradicional e “Starlight” que vai para o lado mais Metal melódico da coisa, com bons refrãos e ótimos solos.
Outro destaque são os vocais de Piet que não exagera em nenhum momento e possui um timbre rouco atípico no estilo. Aliás, os músicos são muito bons. Joachim “Piesel” Küstner nas guitarras, faz um belo duo com Piet e a cozinha simples e direta de Thomas Nack (bateria, ex- Gamma Ray e Savage Circus) e Jan-Sören Eckert (baixo, ex-Grimmark e Masterplan) faz um belo trabalho.
Para delírio dos True Metals, a faixa “Heavy Metal Never Dies” surge como uma grata surpresa, com uma levada cadenciada e riffs esmagadores de guitarra. Mas quem pensa que a faixa se resume a toadas a lá Manowar se engana, pois algo de Hard Rock como a cama de teclado ao fundo e o pré-refrão estão lá. Ótima composição!
“Fasther That All” faz jus ao nome e se mostra uma bela duma paulada, com uma cozinha maravilhosa, dando espaço para as guitarras detonarem em riffs e solos. Depois da baladinha bem melosa “Before The Pain”, “No Guts, No Glory” fecha de maneira bem justa o álbum, com um refrão bem AOR e ótimos riffs de guitarra.
A arte da capa é belíssima e leva meio ponto. Um bom disco de uma ótima banda que não gosta muito de arriscar e, muito menos, inovar.
Nota 7,5
Vitor Franceschini

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