EPIDEMIC – PSICODÉLICA DESTRUIÇÃO – Este trabalho foi lançado em 2008 e de lá pra cá esta banda, oriunda de Manaus/AM, não lançou mais nenhum trabalho. O som é focado no Thrash Metal oitentista praticado no Brasil. As influências são diversas desde Attomica, Dorsal Atlântica e, principalmente, Korzus. O som ainda está um pouco ‘verde’, mesmo assim as composições soam interessantes, principalmente em se tratando de riffs. Os vocais também poderiam melhorar a entonação, ainda mais porque as faixas são cantadas em português, o que acabou fazendo com que soasse mais engraçado do que sério. Aparando algumas arestas, as coisas irão funcionar bem. http://www.metal-archives.com/bands/Epidemic/3540285728#
THE SHADE OF CROW – THE PROGRESSION OF THE BLACK CLOUDS – A melhor definição para a sonoridade do The Shade Of Crow seria Blackened Death Metal (que pra mim é Black/Death Metal). Belphegor, Khold e Behemoth são as referências, o que mostra que a banda bebe nas melhores fontes. Meu destaque vai para a boa produção, que já deu uma ótima impressão. As composições são diretas, com certa dose de técnica. “The Shade Of Crow”, que abre o trabalho, já é um grande destaque com seu clima maléfico, guitarras apocalípticas e um refrão marcante. Outro destaque é “In The Lair Of The Black Lion” com sua variação rítmica e pegada feroz da cozinha, além de ótimos backing vocals nos refrãos. Os vocais também merece atenção, pois são demoníacos e entendíveis. Apesar dos destaques, as cinco composições mantém a regularidade. Ótimo trabalho! http://www.reverbnation.com/theshadeofcrow
EVILUST – INTO THE CHAOS – Comecemos pelo lado bom. A banda Evilust faz um som calcado no Thrash/Black Metal e possui composições de ótimo bom gosto, com melodias atípicas e muito bem encaixadas, excelentes riffs de guitarras e cozinha potente. As quatro faixas presentes no trabalho são excelentes, cativantes e de alto nível. O lado ruim? A produção colocou tudo a perder. Não que não esteja audível, pelo contrário, afinal como eu descreveria todas as qualidades senão ouvisse as faixas? O problema ficou por conta da gravação extremamente aguda, que tirou todo o peso e brilho do trabalho. No próximo disco, se melhorarem a produção vão bombar, porque as composições presentes em “Into The Chaos” são muito boas! http://www.myspace.com/evilust
NECROFILIA – FORÇAS DO MAL – A gente recebe alguns materiais, como é de costume, e na maioria deles são demos e EP´s. A nossa obrigação é resenhá-los e ser sinceros. Muitas bandas não aceitam essa sinceridade (se é que me entendem), mesmo que a crítica seja construtiva. O Necrofilia nos enviou seu trabalho e vamos resenhar e ser sinceros. A demo “Forças do Mal” remete aos primórdios dos anos 80, desde a capa tosca, a produção ruim e as letras cantadas em português. O problema é que hoje em dia, essas produções (parece que colocaram o celular no ensaio e captaram o som), mesmo que feitas propositalmente, soam amadoras. O som é um Thrash Metal com letras diabólicas, o instrumental é regular, mas os vocais ruins (além de estarem baixos), muitas vezes até falado. Este é o mínimo que posso dizer do trabalho, que no mínimo poderia ser revisto e começar do zero. A banda é de Planaltina/GO, mas não enviou endereço para contato!
SERENITY IN FIRE – BEGIN OF DESTRUCTION – A banda mineira Serenity In Fire investe em um Fasthrash (sim, bem na linha da banda Andralls) interessante e enérgico. Apesar de a produção soar suja, o som agrada muito, principalmente pela energia que a banda emana. Como a sonoridade não ficou muito polida dificultou um pouco a audição das guitarras, dando pra sacar somente os bons solos, que ficaram muito bem encaixados. Meu destaque vai para a bateria que varia bem e abusa do pedal duplo dando uma carga maior ao peso das músicas. Outro destaque vai para os backing vocals a lá Carcass, que deram uma extremidade maior às faixas. Acertando os detalhes da produção, que precisa ser mais bem lapidada, as coisas se encaminharão melhor. www.reverbnation.com/serenityinfire
FURIA INC. – BEFORE THE WORLD ENDS – Não espere nada de original no som do Furia Inc., mas se você procura qualidade, aqui vai encontrar. A banda faz um som calcado em nomes como Lamb Of God, In Flames e Soilwork, ou seja, as melhores influências possíveis. “Screaming Inside” demonstra muito bem isso, com um trabalho de guitarras excepcionais e cozinha bem variada, além de vocais que berram com o refrão soando limpo. A melodia do solo final (com guitarras gêmeas) ficou de arrepiar. “Sons Of Anarchy” se inicia com um despejo de riffs, baixo ultrapesado e uma levada bem rockão. Aliás, essa pegada Rock ‘n’ Roll é o diferencial da banda em relação às influências citadas, como em “The One”, que tem boas doses de Chrome Division e um refrão a lá Sodom. A pegada mais Thrash/Death retorna com “Walk Alone” que mostra novamente um belo trabalho de guitarras e levada bem variada, com grande atuação da cozinha e vocais muito bem executados. Resumindo: um trabalho de alto nível! http://www.furiainc.com.br/
SAKRAMENTO – SEEDS OF SANITY – Mais uma banda que investe no já reconsolidado Thrash Metal. No caso do Sakramento, as influências vêm da Bay Area e do Crossover. Riffs atrás de riffs, bateria sendo espancada, vocais rasgados e refrãos gritados em coro, compõem este material. A produção ficou um pouco abafada, mas não comprometeu a avaliação. De cara destaco a faixa “Insanity” com suas quebradas e solos de tirar o fôlego. “Karma Stone” tem sete minutos e trouxa à tona influências de Metallica, principalmente nas palhetadas na linha Hetfield. A variação rítmica também é de se destacar. “Rock ‘N’ Roll” já mereceria destaque só pelo nome, porém, o som é muito bom, veloz e insano, com um refrão que exalta o estilo pai do Metal. Um trabalho empolgante, que agradará em cheio a gregos e troianos! http://www.myspace.com/sakramento
HELLLIGHT - THE LIGHT THAT BROUGHT DARKNESS – Se levarmos em conta o tempo de duração desse EP, podemos considerá-lo um álbum oficial, já que o mesmo tem mais de 53 minutos. Não fosse por um fator, isto é, somente a faixa título é composição própria da banda, mostrando todas suas características, seria estranho. Som arrastado, guitarras sorumbáticas, arranjos melódicos e melancólicos, vocais cavernosos e um refrão com voz limpa e aguda (na linha do ICS Vortex, Borknagar, ex-Dimmu Borgir), descreve a única composição própria deste trabalho. As outras 6 faixas presentes, são covers que a banda adaptou muito bem ao seu estilo, onde algumas são destaques inevitáveis, como “Heaven And Hel”l (Black Sabbath), que alternou vocais limpos e guturais, além de um trabalho excelente das guitarras que geraram ainda mais peso à canção. “Hey Hey My My” de Neil Young soou atípica, ainda mais por contar com arranjos típicos do Doom Metal, soando arrastada e com um peso absurdo, fenomenal! “Confortably Numb” do Pink Floyd perdeu um pouco da sua áurea viajante, mas ganhou um ar maléfico e interessante. As outras covers foram “How The Gods Kill” (Danzing) e “Man Of Iron” (Bathory) que caíram como uma luva para o estilo da banda, além de “Show Must Go On”, que ganhou uma roupagem mais pesada e triste, soando um pouco abaixo das outras, talvez por ser previsível. Um trabalho interessante, atípico e que agradará em cheio quem gosta de covers inusitados. http://www.myspace.com/helllight
REPRESSOR – WELCOME TO REALITY – Mais uma banda que investe no Thrash Metal, estilo muito em voga no cenário metálico nacional. O diferencial do Repressor é a produção nítida e o bom timbre de guitarras, que dá mais peso à sonoridade da banda. As quatro faixas apresentadas neste trabalho mostra um som direto, sem espaço para firulas, como pode ser destacado em “The End Of Line”. A faixa possuí velocidade e técnica ao mesmo tempo, com ótimos solos de guitarra, mas sem exageros. Para adeptos de sons como Slayer, “Free Choice” é uma ótima pedida, pois é uma fábrica de riffs e cozinha totalmente insana. A única ressalva fica por conta dos vocais, que possuem bom timbre gutural, mas às vezes fogem da proposta do som. Um bom trabalho e longe de firulas. http://www.myspace.com/repressorbrazil
HIBERNÁCULO – TU QUE MERGULHAS NO ABYSMO... – Duo português formado atualmente por Rocophallus Extra (guitarra, baixo, bateria e teclado) e Hyerophantor (guitarra e vocal). A sonoridade caminha pelos trilhos do Funeral Doom Metal, na mais extrema das ocasiões do estilo. Guitarras pesadas, ritmo arrastado e frases das letras quase recitadas. O som é indigesto, mas feito com consciência, o que mostra que não é para qualquer um. Melodia não é o forte, talvez por isso o termo ‘indigesto’ e as faixas se tornam cansativas, por isso irá agradar somente reais faz do estilo. A ressalva vai para as letras em português que não combinam com o estilo. Esse trabalho é o primeiro da dupla, que ainda contava com The Beyonder nas vozes e guitarra. Este ano lançaram “Família de Salitre/Voltando Costas a Sodoma”, seu primeiro álbum. http://www.myspace.com/hibernaculo
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