Vou começar com as perguntas chatas
para sair da rotina. Qual o significado do nome e o que é o MTL?
Anton Parr: O
nome vem da satírica teoria que diz que a cerveja torna o cérebro mais
performante, talvez inventada por algum marqueteiro da indústria cervejeira. O
MTL é a abreviação de Montreal, cidade natal da banda.
Como vocês definiriam o som do
Buffalo Theory MTL?
Anton:
Em inglês eu diria “Heaviness, Groovinness & Sabbathness”! Um som
pesadíssimo, com muito groove e uma influência inegável de Black Sabbath.
Como foi o processo de composição
de “Heavy Ride”? Por que decidiram incluir a primeira demo, “Live In Studio”
(2011), como parte do trabalho?
Anton:
Nada especial, só lembrando que algumas letras ficaram realmente para o último
minuto e que “Monstro” foi escrita dentro do metrô, indo para a sessão de
gravação! (risos) Incluimos as 5 faixas da demo pois ela tinha acabado de
esgotar e nós resolvemos masterizar o original e incluir no “Heavy Ride”.
“Heavy Ride” tem sido bem aceito?
Qual a repercussão do disco até então?
Anton:
Não li nenhuma crítica ruim até agora, e recebemos elogios tanto do público
quanto da crítica. Temos a sorte de agradar tanto aos fãs de Metal quanto aos
fãs de Stoner, Doom, Rock Clássico e Hardcore. Também foi uma honra aparecer em
várias listas de “melhores de 2012” pelo mundo afora.
O trabalho tem sido bem aceito em
outros países?
Anton:
Com a facilidade de verificar as estatísticas das nossas páginas no Youtube,
Facebook, etc. nós temos uma ideia clara da localização dos fãs da banda. A
grande maioria ainda é do Canadá, mas o Brasil vem na cola em segundo! Em
seguida EUA, França, Itália, Polônia, Alemanha, Reino Unido, Japão, e por aí
vai.
Apesar de ser pesado, o trabalho
mostra nuances mais acessíveis, ou seja, as composições soam alternativas. O
que vocês podem nos falar sobre isso?
Anton:
Nada é planejado. O nosso som é o resultado dos nossos gostos musicais e
influências. O denominador comum é sempre o fator “peso”. O Buffalo Theory MTL
é sem dúvida a banda mais pesada de que nós cinco já fizemos parte.
Bons refrãos se aliam a guitarras
sujas e uma cozinha com muita pegada. Qual a fórmula para aliar todos esses
elementos?
Anton:
Músicos experientes! (risos) Em bom português: nós somos um bando de “macacos
velhos”!
Anton, como surgiu a oportunidade
de entrar para a banda e conte-nos como foi de início até o atual momento com o
Buffalo Theory MTL?
Anton:
Foi realmente obra do acaso. Eu estava quieto no meu canto, sem banda desde
2004. Aí eu vi um anúncio da banda procurando vocal e resolvi sair do estado de
hibernação. Desde o primeiro contato a química foi perfeita e depois disso é
sempre um prazer para nós de nos reunir e fazer música juntos.
Você fez parte de tradicionais
bandas do Brasil, como o Avalon, por exemplo, porém em outra época. Como foi
participar dessas bandas?
Anton:
Eu sempre tive muita sorte de tocar em bandas legais e com caras mais legais
ainda. Comecei em Araraquara tocando com os amigos (Napalm, Damage, The Still,
Foster Bugs, Escaravelho) e tive o prazer de integrar duas ótimas bandas
não-araraquarenses, o Overthrash (de Bauru/SP) e o Avalon (original de
Teresina/PI e mais tarde radicada em São Paulo/SP).
Aliás, você tem acompanhado a cena
brasileira atual? Qual diferenças você destacaria, no geral, entre a cena
underground daí e a brasileira?
Anton:
Eu acompanho menos do que eu gostaria (falta tempo), mas eu não vejo diferença
alguma. O que muda é o gosto pessoal dos músicos e do público, fazendo com que
o som das bandas reflitam essas preferências. O nosso tipo de som (acho que o
representante mais mainstream atualmente é o Down) estourou antes nos Estados
Unidos e Canadá, mas atualmente vejo que os brasileiros também escutam cada vez
mais esse tipo de som. Me surpreendi de ver bandas como o Red Fang, o Texas
Hippie Coalition, o Black Label Society e o próprio Down fazendo shows com
muito sucesso por aí.
Tenho a leve impressão que este
tipo de som (não me perguntem por que), mais voltado para o Stoner Rock/Metal,
Southern Rock/Metal predomina nas terras canadenses e no norte dos EUA. Como é
a cena Rock/Metal atual da região?
Anton:
Retomando a resposta anterior eu posso dizer que tem muita gente que curte o
estilo por aqui sim. Há algum tempo a cena local foi invadida por bandas de Metal
extremo e bastante técnicas como Despised Icon, Augury, Martyr e Kataklysm.
Atualmente tem bandas tocando todo tipo de Rock e Metal e com muita qualidade.
Fora a volta com força total do Voi Vod, que lançou um CD genial com a nova
formação.
Voltando ao Buffalo Theory MTL,
como anda a agenda shows de vocês? Vocês já se apresentaram fora do Canadá? Há
algum contato para tocarem por aqui?
Anton: Nós
tocamos em muitos lugares legais aqui no Canadá, mas ainda não nos aventuramos
além da fronteira. Tenho sim feito muitos contatos aí no Brasil desde 2010 e
posso dizer que estamos mais perto do que nunca de viabilizar uma mini-tour do
Buffalo por aí. Aguardem!
Há alguma coisa a respeito de um
futuro lançamento do Buffalo Theory MTL? Enfim, quais os planos da banda?
Anton:
No momento nós estamos compondo e temos planos de entrar em estúdio muito em
breve. Não sabemos ainda em que formato vamos disponibilizar o material. Desde
o final de 2012 também temos um projeto de vídeo clipe engatilhado, mas não o
botamos em prática por falta de tempo.
Muito obrigado, pode deixar uma
mensagem.
Anton:
Nós é que agradecemos a você Vitor pelo espaço no Arte Metal! Pra vocês que leram
a entrevista até o final: muito obrigado e aguardem mais música pesada saindo
direto da Buffalocaverna muito em breve! Finalmente curtam a nossa página no
Facebook e recomendem para os amigos. Se não gostarem do som recomendem aos
inimigos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário