terça-feira, 16 de abril de 2013

Entrevista



Os canadenses do Buffalo Theory MTL estão na ativa desde 2008 e de lá pra cá soltaram uma demo “Live In Studio” em 2010 e o primeiro álbum “Heavy Ride” em 2012. Este último vem recebendo ótimas críticas em sua terra natal, além de angariar uma boa parcela de fãs aqui do Brasil, já que seu vocalista Anton Parr é tupiniquim e já integrou nomes importantes do Metal nacional, tais como Avalon, Damage, The Still e Overthrash. E foi com ele que nós conversamos sobre este debut, além de outros aspectos do Buffalo Theory MTL. Completam o time Pat Gordon e Yannick Pilon (guitarras), Gary Lyons (baixo) e Brian Craig (bateria).


Vou começar com as perguntas chatas para sair da rotina. Qual o significado do nome e o que é o MTL?
Anton Parr: O nome vem da satírica teoria que diz que a cerveja torna o cérebro mais performante, talvez inventada por algum marqueteiro da indústria cervejeira. O MTL é a abreviação de Montreal, cidade natal da banda.


Como vocês definiriam o som do Buffalo Theory MTL?
Anton: Em inglês eu diria “Heaviness, Groovinness & Sabbathness”! Um som pesadíssimo, com muito groove e uma influência inegável de Black Sabbath.


Como foi o processo de composição de “Heavy Ride”? Por que decidiram incluir a primeira demo, “Live In Studio” (2011), como parte do trabalho?
Anton: Nada especial, só lembrando que algumas letras ficaram realmente para o último minuto e que “Monstro” foi escrita dentro do metrô, indo para a sessão de gravação! (risos) Incluimos as 5 faixas da demo pois ela tinha acabado de esgotar e nós resolvemos masterizar o original e incluir no “Heavy Ride”.



“Heavy Ride” tem sido bem aceito? Qual a repercussão do disco até então?
Anton: Não li nenhuma crítica ruim até agora, e recebemos elogios tanto do público quanto da crítica. Temos a sorte de agradar tanto aos fãs de Metal quanto aos fãs de Stoner, Doom, Rock Clássico e Hardcore. Também foi uma honra aparecer em várias listas de “melhores de 2012” pelo mundo afora.


O trabalho tem sido bem aceito em outros países?
Anton: Com a facilidade de verificar as estatísticas das nossas páginas no Youtube, Facebook, etc. nós temos uma ideia clara da localização dos fãs da banda. A grande maioria ainda é do Canadá, mas o Brasil vem na cola em segundo! Em seguida EUA, França, Itália, Polônia, Alemanha, Reino Unido, Japão, e por aí vai.


Apesar de ser pesado, o trabalho mostra nuances mais acessíveis, ou seja, as composições soam alternativas. O que vocês podem nos falar sobre isso?
Anton: Nada é planejado. O nosso som é o resultado dos nossos gostos musicais e influências. O denominador comum é sempre o fator “peso”. O Buffalo Theory MTL é sem dúvida a banda mais pesada de que nós cinco já fizemos parte.


Bons refrãos se aliam a guitarras sujas e uma cozinha com muita pegada. Qual a fórmula para aliar todos esses elementos?
Anton: Músicos experientes! (risos) Em bom português: nós somos um bando de “macacos velhos”!


Anton, como surgiu a oportunidade de entrar para a banda e conte-nos como foi de início até o atual momento com o Buffalo Theory MTL?
Anton: Foi realmente obra do acaso. Eu estava quieto no meu canto, sem banda desde 2004. Aí eu vi um anúncio da banda procurando vocal e resolvi sair do estado de hibernação. Desde o primeiro contato a química foi perfeita e depois disso é sempre um prazer para nós de nos reunir e fazer música juntos.


Você fez parte de tradicionais bandas do Brasil, como o Avalon, por exemplo, porém em outra época. Como foi participar dessas bandas?
Anton: Eu sempre tive muita sorte de tocar em bandas legais e com caras mais legais ainda. Comecei em Araraquara tocando com os amigos (Napalm, Damage, The Still, Foster Bugs, Escaravelho) e tive o prazer de integrar duas ótimas bandas não-araraquarenses, o Overthrash (de Bauru/SP) e o Avalon (original de Teresina/PI e mais tarde radicada em São Paulo/SP).


Aliás, você tem acompanhado a cena brasileira atual? Qual diferenças você destacaria, no geral, entre a cena underground daí e a brasileira?
Anton: Eu acompanho menos do que eu gostaria (falta tempo), mas eu não vejo diferença alguma. O que muda é o gosto pessoal dos músicos e do público, fazendo com que o som das bandas reflitam essas preferências. O nosso tipo de som (acho que o representante mais mainstream atualmente é o Down) estourou antes nos Estados Unidos e Canadá, mas atualmente vejo que os brasileiros também escutam cada vez mais esse tipo de som. Me surpreendi de ver bandas como o Red Fang, o Texas Hippie Coalition, o Black Label Society e o próprio Down fazendo shows com muito sucesso por aí.



Tenho a leve impressão que este tipo de som (não me perguntem por que), mais voltado para o Stoner Rock/Metal, Southern Rock/Metal predomina nas terras canadenses e no norte dos EUA. Como é a cena Rock/Metal atual da região?
Anton: Retomando a resposta anterior eu posso dizer que tem muita gente que curte o estilo por aqui sim. Há algum tempo a cena local foi invadida por bandas de Metal extremo e bastante técnicas como Despised Icon, Augury, Martyr e Kataklysm. Atualmente tem bandas tocando todo tipo de Rock e Metal e com muita qualidade. Fora a volta com força total do Voi Vod, que lançou um CD genial com a nova formação.


Voltando ao Buffalo Theory MTL, como anda a agenda shows de vocês? Vocês já se apresentaram fora do Canadá? Há algum contato para tocarem por aqui?
Anton: Nós tocamos em muitos lugares legais aqui no Canadá, mas ainda não nos aventuramos além da fronteira. Tenho sim feito muitos contatos aí no Brasil desde 2010 e posso dizer que estamos mais perto do que nunca de viabilizar uma mini-tour do Buffalo por aí. Aguardem!


Há alguma coisa a respeito de um futuro lançamento do Buffalo Theory MTL? Enfim, quais os planos da banda?
Anton: No momento nós estamos compondo e temos planos de entrar em estúdio muito em breve. Não sabemos ainda em que formato vamos disponibilizar o material. Desde o final de 2012 também temos um projeto de vídeo clipe engatilhado, mas não o botamos em prática por falta de tempo.


Muito obrigado, pode deixar uma mensagem.
Anton: Nós é que agradecemos a você Vitor pelo espaço no Arte Metal! Pra vocês que leram a entrevista até o final: muito obrigado e aguardem mais música pesada saindo direto da Buffalocaverna muito em breve! Finalmente curtam a nossa página no Facebook e recomendem para os amigos. Se não gostarem do som recomendem aos inimigos!





Nenhum comentário:

Postar um comentário