O guitarrista paraense
Wael Daou integrou as bandas Madame Saatan e Alma Cog. Estudou música no
Líbano, país de seus pais, quando tinha em torno de 14 anos. Há 4 anos estava
afastado dos palcos por motivos pessoais. Suas influências vão do Rock,
passando pelo Metal, até pelo Jazz e música erudita.
O guitarrista vem
trabalhando há algum tempo nas composições desse EP e nele procurou dar vida
aos temas de conquistadores do mundo através de sua música. Como eu sempre
costumo dizer, não é fácil para quem não é músico, resenhar um trabalho
instrumental, principalmente nas linhas técnicas, mas como fã de música,
faremos o que podemos.
O que se percebe é que
não só de virtuose Wael se sai bem. O conjunto da obra no trabalho mostra que
ele é um músico completo, além de apenas guitarrista. Afinal, ele compôs tudo
no disco e só não tocou baixo, sendo responsável também pelos arranjos e pela
programação da bateria, que soa orgânica apesar de tudo. O baixo ficou por
conta de Marcos Saraiva.
Sem dúvidas, o peso das
bases de guitarra colocam a sonoridade das composições mais perto do Heavy
Metal, mas há influências latentes de música erudita e música clássica, além de
leves toques de Jazz. Os solos obviamente bem executados são os destaques. Wael
sabe equilibrar solos mais longos e melódicos, com passagens mais mirabolantes
e técnicas como poucos.
Outro fator
preponderante são os arranjos que dão o clima para cada composição, afinal cada
tema é bem retratado em um pequeno texto no encarte contando um pouco a
história dos conquistadores. O disco não foge do comum de trabalhos de
guitarristas, portanto é muito bem feito e produzido.
8,0
Vitor
Franceschini
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