Os britânicos do Arceye
trabalharam cuidadosamente na concepção deste seu segundo trabalho e o resultado
final não poderia ser outro, um disco maravilhoso. Todos sabem que não é fácil
fazer Metal extremo abrangendo diversos estilos e, ainda, aliar isso a muita
técnica sem soar pretensioso ou mirabolante.
A banda consegue unir
na sonoridade de “At First Light” peso, agressividade, brutalidade, melodia e
técnica como poucos. O melhor de tudo? Não há muito toque de modernidade e
quase nada de incursões de outros instrumentos que não sejam guitarra, baixo e
bateria.
O primeiro destaque sem
dúvidas é o baterista Craig Mackay. Desde a primeira música o cara demonstra
uma técnica incrível, precisão e versatilidade (qualidade essa que engloba toda
a banda). Viradas sensacionais, quebradas intrincadas e o bom uso dos bumbos
duplos são fichas pro cara.
As linhas de baixo
acompanham bem todo esse processo, sendo que os riffs e solos dos guitarristas Dave
Roberts e Luke Durston são um charme a parte. Os caras conseguem fazer um
trabalho sensacional, com passagens cheias de dedilhados, sem serem egocêntricos.
Só ouvindo pra ver o quanto o conjunto da obra é de alto nível neste disco. Sem
contar os ótimos vocais de Al Llewellyn (também baixista) que manda um belo
gutural potente e inteligível.
Destaques? Sim, apesar
de todas as faixas possuírem qualidade, a faixa título e The Longest Drive chamam atenção de cara. A bela instrumental Sirius merece menção, e a diferenciada
balada (!) Damage Done também, afinal
é a que mais sai do contexto do disco, mesmo sendo belíssima. Corre conferir.
9,0
Vitor
Franceschini
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