Os italianos do
Necromass chegam ao seu terceiro álbum com todo ódio que o Black Metal deve
proporcionar. Mesmo com certa dose de melodia em sua música, o trabalho
desenvolvido por este quarteto de Florença transborda raiva e agressividade.
Apesar da produção
propositalmente suja, os instrumentos estão nítidos e as composições possuem
uma boa variação, não soando cansativas. Com guitarras ríspidas, mas bem
trabalhadas, a banda desenvolve uma sonoridade que mescla diversas fases do
Metal negro, abrangendo do mais rústico até algumas características atuais.
A cozinha não segue uma
linha reta, com uma baixo potente e uma bateria que muda de andamento e com
quebradas muito bem encaixadas. O baixista e vocalista Ain Soph Aour expele
letras que abordam temas como satanismo e ocultismo com muita gana em seu vocal
rasgado.
Destaque para Chapel
of Abominations, Dawn of Silver Star
e Scarlet Void of Lust. “Calix.
Utero. Babalon” não revoluciona ou muda o rumo do Black Metal, mas garante mais
qualidade ao estilo. Completam o time Nachzerehr Mara e J.C. Chaos (guitarras),
além de Charun (bateria).
8,0
Vitor
Franceschini
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