Quando recebi a notícia
do retorno dessa grande banda carioca confesso que fiquei muito feliz. Afinal,
acompanhei seus dois primeiros lançamentos “Ravishing Beauty” (2002) e o
excelente “How Innocence Dies” (2004) com muito louvor. Na época a banda
caminhava por uma trilha entre o Dark e o Prog Metal.
Nove anos depois, o
quinteto ainda mantém essa linha, mas com muito mais elementos advindos de
outros estilos e uma variação impressionante. Influências fora do Metal também
aparecem como da música brasileira, música clássica e até de Jazz. Tudo isso
sem se perder em momento algum entre as 13 composições aqui contidas.
Da calmaria ao mais
brutal momento do álbum, tudo transborda qualidade, técnica e ótimo bom gosto
nos arranjos. Uma aura melancólica permeia o disco todo, mesmo com as mudanças
de andamento e, principalmente, com a adição de momentos viajantes e totalmente
progressivos.
É o típico trabalho difícil
de resenhar, mas muito fácil de ouvir e nem sempre compreensível de imediato.
Quer brutalidade ouça I´ve Learned To
Hate que fecha surpreendentemente com um belo choro no final. Quer algo
mais viajante? Ouça So Beautiful I Just
Can't Believe. Se preferir algo mais variado e abrangente pode ir para Selfish.
Mas, as faixas citadas
acima são apenas exemplos do que pode ser ouvido em “Use & Control”, já que
as músicas se completam e o disco soa magistralmente equilibrado. Além de tudo,
o trabalho conta com uma ótima produção, o que acabou virando um adendo diante
de tanto bom gosto. Retorno triunfal.
9,0
Vitor
Franceschini
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