Não se precisa de muita
coisa para fazer o Heavy Metal tradicional fluir e soar agradável. Basta alguns
riffs na medida certa, solos bem encaixados, um baixo que dê sustentação e uma bateria
com o mínimo de técnica. Bom, não é tão fácil assim, fácil é resenhar o que é
de qualidade ou não, quase tão fácil quanto comentar jogo de futebol.
Esses noruegueses do
Ghost Avenue fazem exatamente o que é necessário para que seu Metal tradicional
soe agradável. Não foge de clichês, deixa as influências de Saxon e Iron Maiden
fluírem sem problemas, além de dosar tudo na medida certa com extremo bom gosto
e desenvoltura.
Claro, com tantas
bandas que investiram no gênero desde o início de tudo, o leitor sempre irá
pensar: ‘já ouvi algo parecido antes’. Sem dúvidas o deja-vú permanecerá, mas
não podemos de forma alguma negar as qualidades e virtudes do quinteto de Oslo.
Músicas interessantes,
gostosas de ouvir, com refrãos interessantes (na linha Hard Rock) além de um
flerte com o Power Metal. Instrumental coeso e equilibrado, sem exagerar em
momento algum. Sem contar o ótimo vocalista Kim Sandvik, que possui um ótimo
timbre e interpreta as composições com garra.
Tudo com uma ótima
produção que não soa plastificada e dá uma aura mais visceral às músicas. Destaque para Crazy
Eyes, Treasure Chest, All I Can Say e Legacy. Completam o time Magnus Liseter (baixo),
Petter Lein (bacteria), André Berger e Øystein Wiik (guitarras).
8,0
Vitor
Franceschini
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