São mais de 20 anos na
estrada, porém apenas três discos lançados. Isso porque a banda teve uma pausa,
o que é explicado durante a entrevista. Nome clássico do Thrash Metal gaúcho, o
Sacrario divulga atualmente dois trabalhos: o terceiro CD “Beyond The Violence”
(2012) e o EP “Asesinos” lançado no mesmo ano. Conversamos com o vocalista e
guitarrista Fabbio Webber que contou tudo sobre os últimos trabalhos e muito mais.
Completam o time atual Everson Krentz (bateria), Gustavo Stuepp (baixo) e
Ricardo Lemos (guitarra).
O
Sacrário está na ativa desde 1992, por que demoraram tanto pra gravar um disco
oficial, no caso “Catastrophic Eyes” (2008)?
Fabbio
Webber: Na verdade o álbum estava pronto desde 1999, e no
ano seguinte quando faríamos o seu lançamento, tivemos alguns problemas, e o
grupo ficou parado por cerca de 8 anos. Quando retornamos em 2008, então o
lançamos.
Em
compensação depois do lançamento de “Catastrophic Eyes” a banda lançou mais
dois álbuns “Stigma of Delusion” (2010) e “Beyond The Violence” (2012). O
lançamento do debut impulsionou para que a banda começasse a lançar trabalhos
regularmente?
Fabbio:
Sim, com certeza, ainda mais porque retornamos com outra formação, o que deu
mais força, sangue novo. O que fez com que evoluíssemos ainda mais, em todos os
sentidos, e os resultados podem ser facilmente percebidos ouvindo os álbuns.
Falando
do último trabalho “Beyond The Violence”. O disco foi lançado em 2012, qual a
repercussão dele até então?
Fabbio:
Tem sido otimamente aceito tanto pelo público quanto pela mídia, tanto que
acabamos fazendo vários shows para promovê-lo.
E
qual a principal diferença vocês veem em relação aos lançamentos anteriores?
Fabbio:
Cada álbum tem suas peculiaridades, mas em “Beyond the Violence” encontramos
nossa própria identidade, pois foi um álbum composto com a participação de
todos, por isso ele soa um pouco diferente dos outros, mais maduro,
profissional. Ele é o resultado de todo um trabalho coletivo.
É
interessante notar que, apesar de vocês terem suas características próprias, a
banda não se preocupa tanto em inventar ou reinventar algo dentro do Thrash
Metal. Essa é realmente a proposta do Sacrário?
Fabbio:
Nunca paramos para pensar ou nos preocupar em fazer algo diferente, reinventar,
apenas fazemos o que queremos e o que gostamos, sem nos preocupar com o que
está na “moda” ou o que é considerado moderno. Eu, particularmente, não gosto
de ‘misturebas’. Por exemplo, AC/DC e Motörhead fazem a mesma música há 4
décadas e todos curtem e apreciam os seus álbuns. E se tiver que criar ou
reinventar algo na música, que seja uma evolução natural, e não seguindo uma
tendência do momento, somente por modismo. Poderia tocar durante séculos a
mesma coisa e não me importaria com o que está acontecendo ao redor. Temos
inúmeros casos de grupos que mudaram o som, e o público criticou duramente,
dizendo que deveriam seguir o mesmo caminho de antes. Por outro lado, há bandas
que mantém o mesmo som durante anos e também são severamente criticadas por não
mudarem, ou seja, nunca agradaremos tanto a gregos quanto troianos.
Meses
após o lançamento de “Beyond The Violence”, vocês lançaram o EP “AsesinoS”. Por
que lançaram um trabalho tão rápido logo após o full-lenght? As músicas do EP
são sobras do terceiro disco?
Fabbio:
Como “Beyond the Violence” tem apenas 6 músicas, resolvemos lançar algo que
tínhamos em mente há um bom tempo, mas não tínhamos tido oportunidade de
fazê-lo ainda, com covers de bandas que são influências para nós desde a nossa
adolescência. E até lançarmos outro full-lenght, achamos que poderia ter um
intervalo de tempo muito grande. Então em meio a fase de composição das músicas
que farão parte do próximo álbum, achamos uma boa ideia lançarmos este EP.
Em
“AsesinoS” há dois covers. Um para Agent
Orange (Sodom) e outro para Bonded by
Blood (Exodus). Como foi a escolha e por que decidiram gravar esses covers?
Fabbio:
Nós já vínhamos tocando há muito tempo esses covers em nossos shows, e como são
bandas que nos influenciaram bastante, decidimos gravá-los. Tínhamos
curiosidade em como ficariam com um toque nosso essas músicas.
E
como o EP foi recebido?
Fabbio:
Muito bem, ele tem sido muito elogiado pelo público, mídia e principalmente nos
shows. Recebemos ótimas críticas sobre o álbum. Estamos muito satisfeitos com
os resultados.
O Sacrário é uma das
bandas mais tradicionais do Thrash Metal gaúcho e está há mais de 20 anos na
ativa. Como vocês veem esse retorno maciço do Thrash Metal atualmente?
Fabbio: Por um lado é
muito bom termos uma quantidade enorme de bandas tocando este estilo, bandas
antigas retornando à ativa também, mas por outro vejo que a cena está um pouco
saturada de bandas, e isso é complicado...
Vocês
já estão trabalhando no 4º álbum? Há algo que possam nos adiantar a respeito?
Fabbio:
Sim, atualmente estamos bastante focados, trabalhando intensamente nas músicas
novas que farão parte do novo álbum. Posso adiantar que já temos metade do
repertório pronto e as outras músicas já em fase bem adiantada. Logo teremos
uma prova da arte da capa, e todos poderão ter uma boa ideia do material que
está por vir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário