Primeiro disco destes
paranaenses que investem em uma sonoridade ao mesmo tempo complexa e acessível.
Complexa porque possui um instrumental trabalhado levado para o lado do
progressivo e acessível porque possui arranjos sinfônicos que dão certa leveza
nas composições.
Sim, há peso e muito,
mas se contrastam com a suavidade. Há malabarismos durante a execução das
músicas, mas nem tão exacerbados, sendo que poderia ser um pouco menos. As
viradas são muito interessantes e mostram uma banda coesa, enquanto os já
citados arranjos são o diferencial com ênfase na música erudita.
A vocalista Juliane
Carvalho possui um belo timbre e interpreta as composições com emoção. O único
problema é que os vocais dela ficaram um pouco a frente dos instrumentos, erro
de produção que pode ser consertado em um próximo trabalho.
Os timbres das guitarras
foram muito bem escolhidos e os solos partem para um lado neoclássico. Às vezes
as músicas parecem ser instrumentais de tanta ‘mirabolancia’, mas não chegam a
cansar devido à competência dos músicos.
A cozinha também se
destaca, sendo a precisão da bateria e o baixo forte e audível algo que
adicionou e muito à banda. A produção no geral, com exceção dos já citados
vocais, ficou muito boa. Exceto algumas ressalvas, o resultado final do disco é
acima da média.
7,5
Vitor
Franceschini
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