Que o Thrash Metal
nacional está bem servido todo mundo sabe. Além de ícones como Korzus, Dorsal
Atlântica e os mestres do Sepultura, temos no underground bandas excelentes que
disputam espaço aos socos e pontapés (no bom sentido) quão boa é a qualidade.
O Scrok vem do
nordeste, mais precisamente do Maranhão e Piauí. Sim, a banda se desdobra para
se manter e isso vale à pena, já que o som aqui demonstrado é de qualidade e mostra
que o trio tem conhecimento de causa. Lembrando que surgiram em 1993 pararam em
2007 e retornaram em 2011.
Não sei se a pausa ou a
experiência fez bem ao grupo, mas o trabalho mostra técnica e agressividade na
medida certa. Comecemos pelos riffs matadores e solos muito bem encaixados que
bebem na fonte do Thrash Metal europeu, mas possuem a essência do gênero que só
as bandas brasileiras possuem.
A cozinha segura a
onda, sendo que o baterista Felix Briano utiliza muito bem os dois bumbos. O
vocal de Valter ‘Índio’ Reis lembram bastante os de Mille Petrozza (Kreator),
principalmente na fase “Renewal” (1992) e “Cause For Conflict” (1995). Outro
fator que impressiona são os bons refrãos.
Destaque para as faixas
Disgrace On Line, Kill The Tyrants e Bem Vindo ao Terror/My Name is Rage que fecha o disco com chave de
ouro. A ressalva fica por conta das faixas às vezes se parecerem entre sim, mas
nada que afete a qualidade do disco que, aliás, tem uma ótima produção.
8,0
Vitor
Franceschini
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