É natural quando uma
banda mostra evolução em seu segundo trabalho, mas isso nem sempre acontece e
temos diversas provas por aí. No caso dos paraibanos do Warcursed, não só vemos
uma evolução latente em relação ao primeiro álbum, como vemos um amadurecimento
e coesão bem superiores neste novo trabalho.
Mantendo suas
características, nota-se uma banda mais coesa e com pegada. Inicialmente
destaquemos o belíssimo trabalho das guitarras, principalmente nas bases e
riffs que demonstram um peso descomunal, além de ótimos timbres. Tudo aliado a
uma cozinha impactante e agressiva que faz o som beirar o Death Metal em alguns
momentos.
As temáticas das letras
não fogem muito do comum, abordando guerras, problemas sociais e a insanidade
humana. Interessante notar que a banda varia no andamento das músicas e aposta
em bons refrãos, tendo a frente os vocais guturais de Jean Sauvé, que também é
baixista.
O clima apocalíptico
circunda o álbum em sua maior parte, fazendo com que a veia Thrash Metal da
banda se aproxime mais dos grupos europeus do gênero. Isso fica evidente em
composições como a maléfica K.I.Y e
na melódica Deathmachine. Destaque
também para Temple Of Destruction e
sua levada arrepiante.
O Warcursed mostra em
“The Last March” uma evolução e tanta em relação ao primeiro álbum, o bom
“Esacape From Nightmare” (2012). O conjunto da obra não seria tão bom caso não
tivesse uma ótima produção a cargo da própria banda e Victor Hugo Targino. Pode
ir de olhos fechados.
8,5
Vitor
Franceschini
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