São 16 anos de
carreira, e este trabalho é o terceiro álbum de estúdio do Farscape que já
lançou 13 trabalhos sendo seis splits, duas demos, um EP e uma compilação.
Mostrando-se prolífica, a banda carioca conquistou um bom espaço no cenário
nacional, sendo um forte nome da cena Thrash Metal atual.
Apesar da conotação já
mencionada, a banda também flerta com o Speed Metal oitentista e comumente
sofre influências do Metal tradicional. Mas, a agressividade e velocidade de
suas composições fazem com que o Thrash prevaleça e crie músicas caóticas,
rápidas e diretas.
As guitarras destilam
riffs nervosos, com rapidez incomum sendo um dos principais condutores da
banda. A cozinha segue essa intensidade com coesão e uma boa pegada, sendo que
os vocais nos remetem ao Kreator no começo de carreira. Não dá pra destacar uma
ou outra composição, até por serem homogêneas e manterem um bom equilíbrio.
Se há uma faixa
diferenciada é a melódica Night Tripper
que mostra uma versatilidade boa do vocalista Witchcaptor que arrisca uns
agudos ‘clean’. Os solos de guitarra se mostram bem encaixados em todas as
músicas e bem objetivos.
A produção do disco
segue típica e casou perfeitamente com a sonoridade da banda, a cargo do
próprio Farscape e de Rodrigo Forli, no Ultra Violence Studio. Enfim, mais um
ótimo trabalho que comprova a força do Thrash Metal brasileiro.
8,0
Vitor
Franceschini
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