Interessantíssimo esse
novo projeto de Hugo Golon (Blasthrash, Comando Nuclear, Infected, Side
Effectz, ex-Em Ruínas), que aqui ataca com todos os instrumentos e vocal.
Cantando em português, Golon investe em uma sonoridade que bebe na raiz do
Metal extremo.
Unindo os tempos áureos
do Metal nacional quando Vulcano e Dorsal Atlântica colocavam o underground em
chamas enquanto Possessed e Celtic Frost tomavam conta do cenário no exterior
com algumas pegadas próprias, o Cemitério faz um som que pode ser taxado de
Death/Thrash Metal.
Com uma produção boa (a
cargo de Golon), riffs interessantes e objetivos são despejados, enquanto a
cozinha reta dá o tom com algumas quebradas interessantes e meteóricas. As
letras abordam temas de filmes de horror, sendo mais um fator que gera
curiosidade.
Uma das peculiaridades
é como Golon consegue cantar rápido e tornar as letras até ininteligíveis em
certos momentos. Destaque para as faixas A
Volta dos Mortos Vivos, Holocausto
Canibal e Sexta-Feira 13. Mas a
dinâmica e energia do disco faz com que o ouvinte se prenda durante toda a
audição.
A arte da capa pode
parecer simples, mas no encarte há desenhos que traduzem cada tema do disco, o
que ficou muito legal (tudo a cargo de Hugo Golon e Wanderley Perna, do
Genocídio). Se o leitor aprecia um som extremamente calcado nas raízes do Death
e Thrash Metal não pode perder esse trabalho!
8,0
Vitor
Franceschini
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