quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Entrevista



Um duo aficionado pelo Metal extremo ‘old school’ resolve gravar um trabalho seguindo essas influências. Eis que surge o ótimo “Sex and Lust”, lançado no ano passado, e R. Inkubus (vocal) e Bitch Hünter (todos instrumentos) se surpreendem com o ótimo resultado. Conversamos com o vocalista que nos falou detalhadamente sobre todo trabalho que envolve o Into the Cave.


Como e quando surgiu o Into The Cave?

Inkubus: Em 2011 encontrei o Bitch Hünter numa festa, fazia alguns anos que não o via e conversamos sobre Heavy Metal, mulheres, underground, Satã, etc. Nessa ocasião ele comentou comigo que tinha umas músicas e que gostaria que eu gravasse os vocais, pois tinha gostado da gravação da demo do Imperador Belial. Algum tempo depois ele passou a assumir as baquetas do Imperador Belial e enquanto estávamos gravando o full lenght “Morbid Rites” ele me mostrou algumas músicas e eu curti de imediato aquela pegada suja e agressiva, e ele já tinha gravado todos os instrumentos e pré-mixado, eu só precisei criar umas letras e gravar as linhas de voz.


E como foi compor “Sex And Lust”? O fato de contar apenas com dois integrantes facilita nesta hora?

Inkubus: O Bitch Hünter é um cara criativo, ele compôs todo o álbum, gravou todos os instrumentos e mixou tudo. Isso com certeza facilitou muito para obtermos o resultado final tanto na composição quanto na produção. Queríamos que o álbum soasse cru, sujo, orgânico e ao mesmo tempo nítido e acho que conseguimos.


Vocês são músicos experientes na cena, passando e tocando em diversas bandas. A sonoridade dessas bandas chegou a influenciá-los na hora de compor?

Inkubus: De forma alguma, cada banda tem uma proposta musical diferente e uma identidade própria e uma não afeta ou influencia o processo criativo da outra. São entidades diferentes com vida própria.


A sonoridade do Into The Cave aborda elementos do Metal extremo ‘old school’. Este sempre foi o direcionamento pretendido por vocês?

Inkubus: Temos influências de bandas dos anos 80’ e início dos 90’ como Slayer (old), Sarcófago, Mayhem (old), Blasphemy, Beherit fundidos a nossa pegada pessoal, então é claro que vão aparecer elementos que você hoje pode chamar de “old school” pois cultuamos o verdadeiro Metal Negro da Morte!!

Aliás, na música de vocês pode se encontrar elementos do Thrash Metal, do Death e do Black Metal. Estes são definitivamente os gêneros que vocês curtem?

Inkubus: Somos maníacos cultuadores do verdadeiro Heavy Metal, para dar um panorama do que ouvimos em casa farei uma pequena lista (risos): Black Sabbath, Sarcófago, Motörhead, Vulcano, Judas Priest, Mystifier, AC/DC, Sodom, HeadHunter DC, Hellhammer/Celtic Frost, Kreator (old), Autopsy, Destruction (old), Sabbat, Sodomizer, Amazarak, Grave Desecrator, Metalucifer, Nighthunter, Poeticus Severus, Nifelhein, Azul Limão, Impiety, Nunslaughter, Bestial Mockery, Amen Corner, Bestial Holocaust, Perversor e todo o real e verdadeiro Metal!!




A velocidade é uma das características da música do Into The Cave, mostrando pouca variação. Vocês quiseram soar diretos, rápidos e agressivos ou isso fluiu naturalmente?

Inkubus: Fluiu naturalmente, afinal tocando Black/Death Metal influenciado por Sarcófago não tinha como ser diferente! Into The Cave é uma arma carregada e engatilhada, ponta para o próximo atentado!!


A produção também nos remete aos tempos do Metal ‘old school’, mas soa atual e de qualidade. Como foi trabalhar neste processo?

Inkubus: Tínhamos em mente um objetivo claro em relação à produção e batalhamos para o alcançar. Odiamos produções atuais e modernas com guitarras aguadas, cristalinas e sem peso, bumbo agudo, um milhão de dobras de guitarra, etc, como também odiamos produções mal feitas, com som embolado, abafado e mal gravado. Algumas bandas e pessoas confundem tosco com mal feito. Queríamos extrair um som orgânico, cru tosco e sujo, mas ao mesmo tempo sem soar embolado, queríamos que o headbanger entendesse cada nota dos solos, cada virada de bateria, cada arranjo.
É um pouco difícil equilibrar a sujeira pertinente ao estilo e que deve estar presente com a nitidez necessária para se apreciar a música. De qualquer forma acho que conseguimos obter uma produção retrô e vintage, mesmo utilizando ferramentas modernas.


E como está a repercussão do trabalho até então?

Inkubus: Nossas cópias estão quase esgotadas e estamos recebendo ótimas críticas de zines, sites e dos bangers que estão adquirindo o material, além de muitos selos terem nos contatado para futuros lançamentos. Estamos até surpresos com a receptividade!!


Quais os planos para 2015? Vocês pretendem formar uma banda para tocar ao vivo com o Into The cave?

Inkubus: Legal você perguntar sobre isso, daqui a dois dias (N.E.: entrevista cedida no início de fevereiro) irei gravar os vocais de duas músicas novas que estarão presentes num split 7” com o Imperador Belial que se chamará “True Horror Tales” e que será lançado pela Rotten Foetus Records ainda nesse primeiro semestre de 2015. Ainda temos mais algumas músicas novas prontas que serão gravadas para outros releases tão logo sejam formalizadas as propostas dos selos interessados. Quanto a shows, embora tenham surgido algumas propostas para tocarmos em SP, RJ e BH, no momento não é nossa prioridade pois além do Into The Cave eu sou vocalista do Imperador Belial e Hellkommander e baixista do Embalsamado e o Bitch Hünter toca bateria no The Unhaligäst, Poeticus Severus, Embalsamado e Tyranno, então não sobra muito tempo para montarmos uma formação, ensaiar e gastar tempo e dinheiro, e no final não ter uma estrutura mínima pro show, porém se nos fizerem uma proposta viável podemos chegar a um acordo e fazer alguns shows, mas não mais do que 2 ou 3 por ano.


Muito obrigado. Podem deixar uma mensagem.

Inkubus: Nós é que agradecemos pelo espaço cedido e pelo apoio ao nosso trabalho. Acessem e curtam nossa página no facebook e fiquem por dentro dos lançamentos para 2015. Sex, Drinks & Metallllllllllllllllllllllllllllllll



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